Álvaro de Campos/Fernando Pessoa
Fora tu,
reles
esnobe
plebeu
E fora tu, imperialista das sucatas
Charlatão da sinceridade
e tu, da juba socialista, e tu, qualquer outro
Ultimatum a todos eles
E a todos que sejam como eles
Todos!
Monte de tijolos com pretensões a casa
Inútil luxo, megalomania triunfante
E tu, Brasil, blague de Pedro Álvares Cabral
Que nem te queria descobrir
Ultimatum a vós que confundis o humano com o popular
Que confundis tudo
Vós, anarquistas deveras sinceros
Socialistas a invocar a sua qualidade de trabalhadores
Para quererem deixar de trabalhar
Sim, todos vós que representais o mundo
Homens altos
Passai por baixo do meu desprezo
Passai aristocratas de tanga de ouro
Passai frouxos
Passai radicais do pouco
Quem acredita neles?
Mandem tudo isso para casa
Descascar batatas simbólicas
Fechem-me tudo isso a chave
E deitem a chave fora
Sufoco de ter só isso a minha volta
Deixem-me respirar
Abram todas as janelas
Abram mais janelas
Do que todas as janelas que há no mundo
Nenhuma ideia grande
Nenhuma corrente política
Que soe a uma ideia grão
E o mundo quer a inteligência nova
A sensibilidade nova
O mundo tem sede de que se crie
Porque aí está apodrecer a vida
Quando muito é estrume para o futuro
O que aí está não pode durar
Porque não é nada
Eu, da raça dos navegadores
Afirmo que não pode durar
Eu, da raça dos descobridores
Desprezo o que seja menos
Que descobrir um novo mundo
Proclamo isso bem alto
Braços erguidos
Fitando o Atlântico
E saudando abstratamente o infinito.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
O Homem
Roberto/Erasmo
Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração
E no falar a mais linda canção que já se ouviu
Sua voz falava só de amor
Todo gesto seu era de amor
E paz
Ele trazia no coração
Ele pelos campos caminhou
Subiu as montanhas e falou do amor maior
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu
Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim...
O renascer
Morrer não é o fim
Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir
Eu sei que Ele um dia vai voltar
E nos mesmos campos procurar o que plantou
E colher o que de bom nasceu
Chorar pela semente que morreu sem florescer
Mas ainda há tempo de plantar
Fazer dentro de si a flor do bem crescer
Pra Lhe entregar
Quando Ele aqui chegar
Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir
Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração
E no falar a mais linda canção que já se ouviu
Sua voz falava só de amor
Todo gesto seu era de amor
E paz
Ele trazia no coração
Ele pelos campos caminhou
Subiu as montanhas e falou do amor maior
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu
Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim...
O renascer
Morrer não é o fim
Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir
Eu sei que Ele um dia vai voltar
E nos mesmos campos procurar o que plantou
E colher o que de bom nasceu
Chorar pela semente que morreu sem florescer
Mas ainda há tempo de plantar
Fazer dentro de si a flor do bem crescer
Pra Lhe entregar
Quando Ele aqui chegar
Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir
Moreno Moreno
Ivan Lins/Vitor Martins
Te trouxe meus olhos lavados no rio
Flores do campo e meu colo macio
Moreno moreno
Te trouxe os respingos da chuva miúda
O verde novinho das ramas e mudas
Moreno moreno
Te trouxe a chave do meu coração
Fechado, selado de tanta paixão
Para que fosses dono e senhor
De mim, de mim
Te trouxe o que tenho à boca sedenta
Secretos desejos, meu beijo de menta
Moreno moreno
Te trouxe agrados com mãos de cetim
E a fogueira que arde bem dentro de mim
Ah! Moreno moreno
Te trouxe a chave do meu coração
fechado, selado de tanta paixão
Para que fosses dono e senhor
De mim, de mim
Música gravada pela cantora Lúcia Helena para a trilha de uma telenovela em 1990.
Te trouxe meus olhos lavados no rio
Flores do campo e meu colo macio
Moreno moreno
Te trouxe os respingos da chuva miúda
O verde novinho das ramas e mudas
Moreno moreno
Te trouxe a chave do meu coração
Fechado, selado de tanta paixão
Para que fosses dono e senhor
De mim, de mim
Te trouxe o que tenho à boca sedenta
Secretos desejos, meu beijo de menta
Moreno moreno
Te trouxe agrados com mãos de cetim
E a fogueira que arde bem dentro de mim
Ah! Moreno moreno
Te trouxe a chave do meu coração
fechado, selado de tanta paixão
Para que fosses dono e senhor
De mim, de mim
Música gravada pela cantora Lúcia Helena para a trilha de uma telenovela em 1990.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Porque sim, por que não
Luli e Lucina
Porque sim
Vale tudo na selva dos sentidos
Porque não
Dois caçadores não se caçam
A cara e a coroa se contestam
E o tempo é pouco
Porque sim
As garras não seguram o nada
Apesar de acreditarmos
Nas nossas mentiras
No jogo da vida
É doido perder nessa terra
De feras sem lei
No super real tudo é belo
Nas traças do amor
Bebemos todo o sonho
Explosão deserta
Há um grito em meu peito
Meu coração voou de dentro
Porque sim
Somos mosaicos de momentos
Porque não
Sempre tentamos
Penetrar na fresta
Cravados na mente o sim e o não
Na escolha a gente cresce
Ou some de vez
Música do CD " 25 Anos " gravado em 1996.
Porque sim
Vale tudo na selva dos sentidos
Porque não
Dois caçadores não se caçam
A cara e a coroa se contestam
E o tempo é pouco
Porque sim
As garras não seguram o nada
Apesar de acreditarmos
Nas nossas mentiras
No jogo da vida
É doido perder nessa terra
De feras sem lei
No super real tudo é belo
Nas traças do amor
Bebemos todo o sonho
Explosão deserta
Há um grito em meu peito
Meu coração voou de dentro
Porque sim
Somos mosaicos de momentos
Porque não
Sempre tentamos
Penetrar na fresta
Cravados na mente o sim e o não
Na escolha a gente cresce
Ou some de vez
Música do CD " 25 Anos " gravado em 1996.
Entre O Sim E O Não
João Donato/Abel Silva
Há tanta coisa entre o sim e o não
É tão difícil entender
O que pretende o meu coração
Em seu estranho querer
Onde ele vai eu nem sempre vou
Bate distante de mim
E às vezes dói onde eu não estou
Incompreensível assim
Sei que lá fora agora é o mar
Sua presença me diz
Não é difícil imaginar
Eu com você sou feliz
Qualquer esquina, qualquer lugar
Um beijo, um aperto de mão
Meu coração sabe desejar
Pena que seja ilusão
Ah! Eu não quero a saudade
Na realidade
Eu quero é você
Mas no amor está provado
Não vale o ditado:
Querer é poder
Abro os meus olhos, não vou chorar
Quem sabe lá se você
Não pensa agora em telefonar
Surpreendida de ver
Que o amor dá voltas de arrepiar
Tanta surpresa e emoção
Desejo tanto acreditar
Eu e o meu coração
Música gravada no CD " Simone Bittencourt de Oliveira " de 1995.
Há tanta coisa entre o sim e o não
É tão difícil entender
O que pretende o meu coração
Em seu estranho querer
Onde ele vai eu nem sempre vou
Bate distante de mim
E às vezes dói onde eu não estou
Incompreensível assim
Sei que lá fora agora é o mar
Sua presença me diz
Não é difícil imaginar
Eu com você sou feliz
Qualquer esquina, qualquer lugar
Um beijo, um aperto de mão
Meu coração sabe desejar
Pena que seja ilusão
Ah! Eu não quero a saudade
Na realidade
Eu quero é você
Mas no amor está provado
Não vale o ditado:
Querer é poder
Abro os meus olhos, não vou chorar
Quem sabe lá se você
Não pensa agora em telefonar
Surpreendida de ver
Que o amor dá voltas de arrepiar
Tanta surpresa e emoção
Desejo tanto acreditar
Eu e o meu coração
Música gravada no CD " Simone Bittencourt de Oliveira " de 1995.
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