domingo, 28 de março de 2021
Pensando Bem
Aquilo que a gente diz
sábado, 27 de março de 2021
Eu Sou Aquele Que Disse
Mal Necessário
Esforço Pessoal
As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.
Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos.
Essas realizações, no entanto, têm início nele próprio.
É possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives.
Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral.
Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado.
De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador. Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.
Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes, que matam e mutilam milhões de homens, sentes-te sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranquilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.
A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas. Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.
As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. Muito embora a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz conseguirão apaziguar aquele que as receba, oferecendo-lhe reajuste e renovação.
Naturalmente o teu empenho máximo não alterará o rumo da Lei de Gravitação Universa. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus.
Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.
A inundação resulta da gota de água.
A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.
A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.
Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorará.
A sociedade, qual ocorre com o indivíduo, é o resultado de si mesma.
Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.
E, partindo do teu empenho pessoal para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.
Texto retirado do livro Momentos de Coragem; Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 8ª edição, 2014.
sábado, 20 de março de 2021
A Consciência
O cérebro não produz a consciência, que procede do Espírito, permanecendo independente das células.
Através dele exterioriza-se, e, quando os seus equipamentos se apresentam defeituosos impedem-lhe a manifestação na área física.
O homem é, portanto, o ser espiritual, momentaneamente encarcerado no corpo de carne e osso que deve conduzir com elevação, buscando alcançar a finalidade para a qual se encontra em regime transitório, pois que está fadado à imortalidade, à glória.
O instrumento somático passa, terminada a programação que lhe foi estabelecida pelo Espírito que o vitaliza, na condição de meio para a reparação dos deslizes morais do passado e aquisição de conhecimentos e amor para o futuro.
Viver para a realização exclusiva da matéria constitui grave equívoco de consequências lamentáveis, em face da decepção que proporciona, em razão da sua constituição transitória.
Desprezá-lo, a pretexto de superação mental, igualmente se torna crime de efeitos danosos, considerando-se o valor de que se reveste.
O homem tem por obrigação viver conforme as circunstâncias, colocando a consciência em Deus e liberando-a dos limites estreitos do corpo.
Rompe, desse modo, a ligação entre a tua consciência e as paixões que se manifestam pelo teu corpo, remanescentes das tuas marchas ancestrais nas formas primárias.
Separa os laços da forma carnal em que predominam a dor, a ansiedade, a fome, a insatisfação frustradora, as enfermidades minadoras das resistências morais.
Aquieta-te e respira livremente, esquecendo as limitações orgânicas, e voa com a tua consciência pelos rumos infinitos.
Banha-te com a luz da esperança e da paz irradiando-a em favor de outras vidas.
Sê a claridade que se espraia, rasgando as sombras do corpo, as barreiras do cérebro, as mágoas do coração.
A consciência é irradiação do pensamento eterno, expressando-se na dimensão da própria conquista.
Lúcida, reflete as conquistas logradas.
Confusa, demonstra a situação penosa em que ainda se encontra.
Sempre, porém, dispõe de recursos para crescer e romper barreiras.
A sua condição de lucidez propicia calma, confiança e fé irrestrita no próprio destino.
Quando aturdida, gera balbúrdia, desarticulando os implementos nervosos pelos quais se externa.
Consulta com a razão os painéis da tua consciência e trabalha com afinco o campo do amor e do conhecimento no qual ela se expande na busca da Causalidade Cósmica.
Texto retirado do livro Momentos de Alegria. Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis. Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 4ª Edição, 2014.
sábado, 13 de março de 2021
Ego e Eu
A batalha mais difícil de ser travada ocorre no teu mundo íntimo.
Ninguém a vê, a aplaude ou censura.
É tua. Vitória ou derrota pertencerá a ti em silêncio.
Nenhuma ajuda exterior poderá contribuir para o teu sucesso, ou conjuntura alguma te levará ao fracasso.
Os inimigos e os amigos residem na tua casa interior e tu os conheces.
Acompanham-te; desde há muito estás familiarizado com eles, mesmo quando te obstinas por ignorá-los.
Eles te induzem a glórias e a quedas, a atos heroicos e a fugas espetaculares, erguendo-te às estrelas ou atrelando-te ao carro das ilusões.
São conduzidos, respectivamente, pelo teu ego e pelo teu Eu.
O primeiro comanda as paixões dissolventes, gerando o reinado do egoísmo cego e pretensioso que alucina e envilece.
É herança do primarismo animal, a ser direcionado, pois que é o maior adversário do Eu.
Este é a tua individualidade cósmica, legatária do Amor de Deus que te impele para as emoções do amor e da libertação.
Sol interno é chama na fumaça do ego, aguardando o momento de dissipá-la, a fim de brilhar em plenitude.
O ego combate e tenta asfixiar o Eu.
O Eu é o excelente libertador do ego.
Sob disfarces, que são as suas estratégias de beligerância criminosa, o ego mente, calunia, estimula a sensualidade, fomenta a ganância, gera o ódio, a inveja, trabalha pela insensatez.
Desnudado, o Eu ama, desculpa, renuncia, humilha-se e serve sem cessar.
Jamais barganha ou dissimula os seus propósitos superiores.
O ego ameaça a paz e se atulha com as coisas vãs, na busca instável da dominação injusta.
O Eu fomenta a harmonia e despoja-se dos haveres por saber que é senhor de si mesmo e não possuidor dos adornos destituídos de valor real.
César cultivava o ego e marchou para a sepultura sob as honrarias que ficaram à sua borda, prosseguindo a sós conforme vivia.
Jesus desdobrou o Eu divino com que impregnou a Humanidade e, ao ser posto na cruz, despojado de tudo, prosseguiu, de braços abertos, afagando todos que ainda O buscam.
O ego humano deve ceder o seu lugar ao Eu cósmico, fonte inesgotável de amor e de paz.
Não cesses de lutar, nem temas a refrega.
Texto de Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis retirado do livro Momentos de Meditação, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 3ª edição, 2014.
sábado, 6 de março de 2021
Comunicação
O instinto gregário induz os animais e os homens à aproximação, em favor da própria sobrevivência, e a comunicação, por mais rudimentar que se apresente, é o veículo de que utilizam para a convivência. Assim, a comunicação é de alta importância no relacionamento do seres.
Quanto mais educados, de melhores possibilidades dispõem os indivíduos para se comunicarem.
A aquisição da palavra ofereceu ao homem inesgotáveis recursos para a exteriorização da criatividade, da beleza, da imaginação, da inteligência e do sentimento.
O bom direcionamento do verbo é responsável pela união das criaturas, pela fraternidade, pela preservação dos valores morais e espirituais da humanidade.
Quando a palavra se entibia, perdendo o significado e sendo substituída por verbetes que expressam apenas vulgaridade e desapreço, a sociedade cambaleia e o homem estertora.
Neste sentido, a cultura hodierna conseguiu logros dantes jamais sonhados, e a ciência e a arte da comunicação, graças à informática, oferecem extraordinários recursos para o inter-relacionamento das pessoas. As mensagens visuais e auditivas multiplicam-se em toda parte, convidando ao intercâmbio de toda classe. Como efeito, em razão do excesso, defrontamos a poluição pelas imagens e ruídos que impedem a assimilação dos conteúdos, tal o volume assustador mediante o qual se apresentam.
Aturdido, o indivíduo silencia e busca fugir desse tumulto perturbador, a prejuízo das compensações que se derivam da comunicação agradável e ilustrativa.
Há necessidade permanente de estímulos para viver-se com dignidade: de intercâmbio de ideias em favor do crescimento íntimo; de renovação de conceitos e clichês pessoais em benefício do autoamadurecimento psicológico, e esses valores defluem de uma boa comunicação.
O enriquecimento vocabular para bem vestir as ideias é de relevante importância e resulta das conversações esclarecedoras, das leituras nobres, dos estudos cuidadosos.
A gíria, os conceitos de duplo sentido, as expressões chãs conduzem ao deterioramento das relações, à agressividade, ao primitivismo. Mesmo aqueles que os usam em momentos de alegria, facilmente se desajustam e se agridem, dando campo a cenas lamentáveis, em face da comunicação infeliz.
Por outro lado, a vulgaridade cria um idioma dentro do idioma, a fim de expressar o grotesco e pernicioso da personalidade enferma, assim comprazendo o ego que se sente realizado no pequeno grupo onde reina.
Não fales apenas por falar.
A boa comunicação resulta da qualidade do tema e da forma como se apresenta; da sinceridade com que se o expões, assim como da motivação de que se reveste.
Não é necessário que a voz tonitruante ou melosa o traduza, mas sim a naturalidade sempre oportuna em qualquer circunstância.
Fala e escreve com real desejo de fazer-te entendido, tornando tua palavra uma mensagem permanente quão agradável.
O verbo, a serviço da vida, é operário do progresso, da felicidade, do bem geral.
Aprende, também, a ouvir, de modo a não atropelares o teu interlocutor como se a palavra a ti somente pertencesse. Enquanto ouças, raciocina, coordena ideias para que a comunicação se torne simpática e proveitosa.
Por timidez ou mau humor, evita a atitude de silêncio constrangedor. Há momentos em que ele se impõe. No entanto, discreto, produzindo compreensão.
Muitos silenciam e falam, enquanto que outros com muitas palavras nada dizem.
A comunicação verbal de Jesus, porque exarada mediante conceitos de forma simples e conteúdo profundo, permanece atual, sensibilizando quantos lhe tomem conhecimento.
O otimismo, a esperança, a advertência benéfica defluem das Suas palavras, que objetivam ajudar, iluminar, libertar os ouvintes.
A comunicação escrita de Paulo, seu apóstolo, é um reservatório de austeridades, diretrizes e comentários que perpetuam no coração dos leitores a herança evangélica aplicada no cotidiano.
Sem subterfúgios, sem florilégios excessivos, Jesus e Paulo permanecem como símbolos da boa comunicação para todos os homens.
Trava relações de amizade com ambos e comunica-te com o teu próximo, irradiando alegria e paz como eles o faziam.
Texto de Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis retirado do livro Momentos de Iluminação, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 4ª Edição, 2015.