sábado, 31 de julho de 2021

Lei da Vida

Ninguém se evade das consequências dos próprios atos. Estas são inevitáveis no processo evolutivo de todas criaturas.

Conforme seja a ação, desencadeia-se a reação. Por isso mesmo, o homem vive segundo age.

Nem sempre, porém, os resultados se fazem imediatos.

Há tempo para semear, quanto o há para colher.

A trilha de cada criatura é percorrida com os pés do esforço pessoal.

Indispensável, portanto, pensar antes de agir, de modo a não se arrepender, ao raciocinar depois.

Produze, a cada momento, uma sementeira de amor, deixando pela estrada percorrida os sinais da esperança e do bem.

Talvez retornes pelo mesmo caminho, realizando uma nova experiência. E, se, por acaso, não volveres por aí, aqueles que irás percorrer te bendirão o labor realizado.

Sê tu aquele que acende luzes na treva do minante.

A viagem evolutiva se faz assinalar pelas conquistas incessantes, que respondem pela promoção moral e espiritual do indivíduo.

Há quem se compraz na ignorância, porque o conhecimento lhe é estranho.

Teimam, muitos homens, pela permanência na arbitrariedade.

Pessoas agem, equivocadamente, no disfarce do oculto, acreditando-se dribladoras da honestidade, do correção, do dever.

Sorriem, enganadas, supondo-se livres do escândalo, ou, escamoteando a verdade, creem-se indenes ao escárnio, à cobrança pelas suas vítimas.

Quiçá permaneçam ignoradas pelos demais as suas ações ignóbeis; nunca, no entanto, pela própria consciência, que reflete a presença de Deus em todos os indivíduos.

É até mesmo provável que o culpado não venha a ser acusado publicamente, e passe pela vida respeitado por todos.

Isso, todavia, não é importante.

Ele jamais fugirá de si mesmo, das suas recordações.

O tempo não para, mas os efeitos de cada um permanecem.

Um dia ressumam dos arquivos da memória os lances dos atos perpetrados. E, se por acaso se demoram anestesiados, as lembranças prosseguem vivas, aguardando o momento próprio.

De uma existência se transfere para outra o somatório das experiências.

A reencarnação é lei natural da vida.

Através dela cada Espírito avança, conquistando, palmo a palmo, o campo do progresso pessoal.

Graças aos seus impositivos, o que parecia oculto faz-se revelado, o desconhecido torna-se público, o errado se faz corrigir.

Assim, não cesses de produzir no bem, com o bem e para o bem.

Se te enganas ou a alguém prejudicas, apressa-te para retificá-lo e reabilitar-te.

Com muita propriedade, afirma a lição evangélica, ensinando que "nada há de oculto que não venha a ser revelado".


Texto retirado do livro Momentos de Alegria; Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 4ª edição, 2014.

sábado, 24 de julho de 2021

Ciência do Bem Viver

 Tranquilamente, confiante, avança, passo a passo, pelo caminho da evolução.

Não busques nem fujas dos fenômenos da existência física.

Intenta ser o controlador dos teus impulsos e sentimentos, de maneira que o insucesso não te infelicite nem o êxito te exalte.

Na paz interior descobrirás a libertação das dores, porque lograrás vencer as paixões.

Utilizando-te de uma consciência equânime, aceita as ocorrências positivas e negativas com a mesma naturalidade, sem sofreguidão nem indiferença.

Mantém-te interiormente livre em qualquer circunstância, adquirindo a ciência verdadeira do viver.

A ilusão fascina, mas se desvanece.

A posse agrada, porém se transfere de mãos.

O poder apaixona, entretanto transita de pessoa.

O prazer alegra, todavia é efêmero.

A glória terrestre exalta e desaparece.

O triunfador de hoje passa, mais tarde, vencido...

A dor aflige, mas passa.

A carência aturde, porém um dia se preenche.

A debilidade orgânica deprime, todavia liberta da paixão.

O silêncio que entristece leva à meditação, que felicita.

A submissão aflige, entretanto engrandece e enrija o caráter.

O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.

Todas as situações no mundo sensorial passam, mudam de posição e de forma.

A essência da realidade, porém, permanece sempre a mesma.

Nada é definitivo na aparência.

Apenas o que tem valor intrínseco é duradouro.

Quem, espontaneamente, se abstém dos sentidos e das exterioridades, sem mágoa nem frustração, encontrou a ciência do bem viver.


Texto retirado do livro Momentos de Meditação; Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 3ª Edição, 2014.