sábado, 20 de março de 2021

A Consciência

 O cérebro não produz a consciência, que procede do Espírito, permanecendo independente das células.

Através dele exterioriza-se, e, quando os seus equipamentos se apresentam defeituosos impedem-lhe a manifestação na área física.

O homem é, portanto, o ser espiritual, momentaneamente encarcerado no corpo de carne e osso que deve conduzir com elevação, buscando alcançar a finalidade para a qual se encontra em regime transitório, pois que está fadado à imortalidade, à glória.

O instrumento somático passa,  terminada a programação que lhe foi estabelecida pelo Espírito que o vitaliza, na condição de meio para a reparação dos deslizes morais do passado e aquisição de conhecimentos e amor para o futuro.

Viver para a realização exclusiva da matéria constitui grave equívoco de consequências lamentáveis, em face da decepção que proporciona, em razão da sua constituição transitória.

Desprezá-lo, a pretexto de superação mental, igualmente se torna crime de efeitos danosos, considerando-se o valor de que se reveste.

O homem tem por obrigação viver conforme as circunstâncias, colocando a consciência em Deus e liberando-a dos limites estreitos do corpo.

Rompe, desse modo, a ligação entre a tua consciência e as paixões que se manifestam pelo teu corpo, remanescentes das tuas marchas ancestrais nas formas primárias.

Separa os laços da forma carnal em que predominam a dor, a ansiedade, a fome, a insatisfação frustradora, as enfermidades minadoras das resistências morais.

Aquieta-te e respira livremente, esquecendo as limitações orgânicas, e voa com a tua consciência pelos rumos infinitos.

Banha-te com a luz da esperança e da paz irradiando-a em favor de outras vidas.

Sê a claridade que se espraia, rasgando as sombras do corpo, as barreiras do cérebro, as mágoas do coração.

A consciência é irradiação do pensamento eterno, expressando-se na dimensão da própria conquista.

Lúcida, reflete as conquistas logradas.

Confusa, demonstra a situação penosa em que ainda se encontra.

Sempre, porém, dispõe de recursos para crescer e romper barreiras.

A sua condição de lucidez propicia calma, confiança e fé irrestrita no próprio destino.

Quando aturdida, gera balbúrdia, desarticulando os implementos nervosos pelos quais se externa.

Consulta com a razão os painéis da tua consciência e trabalha com afinco o campo do amor e do conhecimento no qual ela se expande na busca da Causalidade Cósmica.


Texto retirado do livro Momentos de Alegria. Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis. Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 4ª Edição, 2014.


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