terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Homens e Mulheres

                                Ana Carolina

E eu gosto de homens e de mulheres
E você, o que prefere?
E você, o que prefere?

Homens que dançam tango
Mulheres que acordam cedo
Homens que guardam as datas
Mulheres que não sentem medo
Homens de toda idade
Mulheres, até as genéricas
Homens que são de verdade
Mulheres de toda a América

E eu gosto de homens e mulheres
E você, o que prefere?
E você, o que prefere?

Homens no sinal verde
Mulheres de batom vermelho
Homens que caem na rede
Mulheres que são meu espelho
Mulheres na guitarra
Homens de corpo e mente sã
Homens vestindo sobretudo
Mulheres, melhor sem sutiã
Homens que enrolam serpentes
Mulheres que vão na frente
Homens de amar tão de repente
Mulheres de amar pra sempre

E eu gosto de homens e de mulheres
E você, o que prefere?
E você, o que prefere?

música do CD Dois Quartos de Ana Carolina

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sinal de Amor e de Perigo

                      Patinhas/Capenga

À noite a cidade parece que some
Perdida no sono, nos sonhos dos homens
Que vão construindo com fibras de vidro
Com canções de infância, com tempo perdido
Um grande cartaz, um painel de avisos
Um sinal de amor e de perigo

Há tempo em que a terra parece que some
Em meio à alegria e à tristeza dos homens
Que olham pros campos, pros mares, cidades
Pras noites vazias, pra felicidade
Com o mesmo olhar de quem grita no escuro
O melhor foi feito no futuro

Enquanto o amor for pecado e o trabalho um fardo
Pesado, passado, presente mal dado
As flores feridas se curam no orvalho
Mas os homens sedentos não encontram regato
Que banhe seu corpo e lave sua alma
O desejo é forte mas não salva

Enquanto a tristeza esmagar o peito da terra
E a saudade afastar as pessoas partindo pra guerra
Nós vamos perdendo um tempo profundo
A força da vida, o destino do mundo
O segredo que o rio entrega pra serra
Haverá um homem no céu e deuses na terra.

Canção de onde foi tirado o título do disco de 1981 de Diana Pequeno, Sinal de Amor.

Vagando

                   Paulinho Pedra Azul

No céu entre as estrelas vou cantando
E a terra vai formando um coração
Palavras são tão poucas pra dizer
Que estou vagando assim só por amor
Ferido, chorando
Com peito aberto em chamas
Estou morrendo em minhas mágoas
Transbordo a lua e vejo o mar
Não é nem sonho ou fantasia
É a dor constante e a agonia
De um coração cantando o amor

Canção gravada no disco de 1981 da cantora Diana Pequeno intitulado Sinal de Amor

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ruas de Outono

                        Antônio Villeroy/Ana Carolina

Nas ruas de outono, os meus passos vão ficar
E todo o abandono que eu sentia, vai passar
As folhas pelo chão que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar.
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto.
Daria pra escrever um livro, se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Teu olhar me diz que você quer me acompanhar.
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada...

Música lançada originalmente no CD duplo Dois Quartos. Regravada posteriormente por ela com participação especialíssima da Zizi Possi no Multishow Registro - Ana Carolina 9+ 1 lançado em 2009.
Sensacional.


O meu recado pra você...

Tolerância

                       Antônio Villeroy/Ana Carolina

Como água no deserto
Procurei seu passo incerto
Pra me aproximar
A tempo.
O seu código de guerra
E a certeza que te cerca
Me fazem ficar atento
Não me importa a sua crença
Eu quero a diferença
Que me faz te olhar
De frente.
Pra falar de tolerância
E acabar com essa distância
Entre nós dois.
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar.
Como lava no oceano
Um esforço sobre-humano
Pra recomeçar
Do zero
É que o amor é soberano
E supera todo engano
Sem jamais perder
O elo.
E é por isso que te espero
E já sinto a mesma coisa em seu olhar.
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Só Por Hoje

                        Dado Villa-Lobos/Renato Russo 

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou e o que virá
Só por hoje vou me lembrar que sou feliz.

Hoje eu já sei que sou tudo que preciso ser
Não preciso me desculpar e nem te convencer
O mundo é radical
Não sei onde estou indo
Só sei que não estou perdido
Aprendi a viver um dia de cada vez.

Só por hoje eu não vou me machucar
Só por hoje eu não quero me esquecer
Que há algumas pouco vinte e quatro horas
Quase joguei minha vida inteira fora

Não não não não
Viver é uma dádiva fatal,
No fim das contas ninguém sai vivo daqui mas -
Vamos com calma!

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi.

música que fecha o álbum " O Descobrimento do Brasil ", de 1993 da Legião Urbana.

Dez Preceitos da Serenidade

                                              Papa João XIII


1- Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este dia, sem querer resolver o problema de minha vida, todo de uma vez.

2- Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar nem disciplinar ninguém, a não ser a mim.

3- Só por hoje sentir-me-ei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no outro mundo, mas também neste.

4- Só por hoje adaptar-me-ei às circunstâncias sem pretender que as circunstâncias se adaptem a todos os meus desejos.

5- Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida de minha alma.

6- Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.

7- Só por hoje farei uma coisa de que não gosto, e se for ofendido em meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

8- Só por hoje farei uma programação bem completa do meu dia. Talvez não a execute perfeitamente, mas em todo caso vou fazê-la. E guardar-me-ei de duas calamidades: a pressa e a indecisão.

9- Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina providência se ocupa de mim como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.

10- Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de crer na bondade.

O que são valores humanos?

Os valores humanos são fundamentos morais e espirituais da consciência humana. Todos os seres humanos podem e devem tomar conhecimento dos valores a eles inerentes. A causa dos conflitos que afligem a humanidade está na negação dos valores como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial individual e consequentemente do potencial social. Não é possível encontrar o propósito da vida sem esses valores que estão registrados em nosso ser profundo, ainda que adormecidos na mente e latentes na consciência. Os valores são a reserva moral e espiritual reconhecidas da condição humana.

A vivência dos valores alicerça o caráter e reflete-se na conduta como uma conquista espiritual da personalidade. Nesse grandioso drama humano, criado por nossos erros e acertos, os valores abrem espaço e trazem inovações essenciais para a sobrevivência da espécie e o cumprimento do papel do ser humano na criação. Vivemos tempos críticos, violentos e desesperados: isso acontece devido ao fato de grande parte da humanidade ter esquecidos seus valores e tê-los considerados até ultrapassados e desinteressantes.

O medo, o desamor e o engano têm qualificado nossos relacionamentos emocionais e operativos com nossos semelhantes e com o mundo. Verificamos que, sem o exercício dos valores intrínsecos ao ser humano, andamos por caminhos de dor, deteriorando a qualidade de vida no planeta. Neste século, fomos mobilizados por ideologias que inverteram a escala dos valores e assim estabeleceram tensões sócioeconômicas, gerando perplexidades, individualismo e desalento. Por outro lado, não podemos deixar de enfocar que, apesar do descompassado desenvolvimento que tivemos, negligenciamos o humano em prol da economia e da tecnologia, desse caldo borbulhante de inquietações e discrepâncias surgiu a mudança dos conceitos de poder e felicidade.

A constatação da ineficácia das coisas materiais, da fama e do poder econômico como portadores de felicidade, trouxe à tona a autoindagação e a necessidade de mudanças. Pouco a pouco percebemos que a felicidade é uma conquista da alma e portanto independente de circunstâncias e satisfação de desejos.

O resgate dos valores humanos é o nosso grande desafio, mas o ser humano tem reservas inesgotáveis de transformação. Temos nos valores morais e espirituais o grande instrumento de aprimoramento e o traço de união dos povos, sem distinção. Os valores promovem a verdadeira prosperidade do homem, da nação e do mundo.

autoria desconhecida

Por Onde Passes

Quando cada dia se te apresenta, em torno de atividades a que o dever te vincula, aparecem as tarefas com as quais não contavas. Geralmente, são pequenos encargos que a vida te propõe em nome de Deus.

É o amigo desesperado, a mulher vergastada pelo sofrimento, o desconhecido em dificuldade, o doente esquecido ou a criança sem rumo, a te pedirem apoio e consolação. Não passes indiferente, diante da dor. Cede um minuto do tempo de que dispões ou algo do que possuis para diminuir o frio da penúria e a febre da aflição.

Uma frase iluminada de amor e qualquer migalha de socorro na benção da compreensão operam prodígios.

Pronuncie as palavras que libertam os corações encarcerados na angústia, tece um véu de esperança sobre as feridas ocultas, improvise algum reconforto para que os que carregam conflitos e lágrimas, alivie os que choram e faze sorrir de algum modo aqueles que transitam pelos caminhos empedrados da solidão. O tempo é uma estrada que todos somos compelidos a percorrer.

Segue plantando paz e semeando alegria. Deus não nos pede o impossível. Tanto quanto nos sucede, onde estamos, a vida na Terra te solicita, onde passes, esse ou aquele toque de amor, a lembrar-te que o reino da felicidade começa em ti.

autoria desconhecida

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Crítica

Tradicionalmente, tem-se afirmado que o homem é um animal racional. Com essa afirmação, pretende-se dizer que ele não é apenas inteligente, mas possui alguma capacidade que o torna diferente dos outros animais, revelada em atos inteligentes, mas com uma dimensão muito peculiar.

Ser racional significa, em princípio, ser dotado de razão ou ter possibilidade de raciocinar: inferindo, concluindo, analisando, sintetizando, demonstrando e projetando o pensamento. Acima de tudo, raciocinar é ser capaz de criticar.

Criticar não é só sinônimo de " pixar ", " difamar " ou " denegrir "; criticar é, antes de tudo, a mais nobre prova da racionalidade e implica analisar aspectos positivos e negativos de uma coisa, ideia ou situação, avaliar esses aspectos e sobre eles emitir um julgamento. Em síntese, criticar é julgar e o próprio ato de julgar induz a uma tomada de decisão ou a assumir uma posição diante de uma situação, ideia ou coisa.

Assim, a crítica desponta como uma atividade intelectual indispensável à vida humana, porque a cada hora todo homem é chamado a decidir e tomar posição.

Evidentemente, quando se fala de crítica como atividade racional, não é possivel entendê-la como " destrutiva " ou " construtiva ", pois toda ela se constitui como a desnudação de algo para, deixando de lado a simples aparência, penetrar nos aspectos essenciais de uma situação, ideia ou coisa.

De fato, o ser humano normal, sobretudo adulto, deve aprender a criticar e receber crítica, as duas coisas são como faces de uma mesma moeda: uma não existe sem a outra. Receber e oferecer crítica se constituem, pois, como o mais pleno exercício da racionalidade e o não realizar esse exercício já implica " abrir mão ", mesmo que temporariamente, da capacidade de ser racional.

Algumas pessoas, por falta de aprendizagem, omitem-se em relação à crítica e admitem que ela representa um prejuízo ou um desvalor. É claro: essas pessoas ainda não atingiram a maturidade e, por isso, não são capazes de realizar o mais fácil, que é a autocrítica.

A autocrítica é o primeiro estágio da atividade intelectual de criticar e aqueles que não ultrapassaram esse primeiro estágio necessitam ser apoiados, para aprender a exercer a plena racionalidade.

autoria desconhecida