sábado, 16 de outubro de 2021

Em relação à angústia

Acautela-te quanto às injunções da angústia.

À semelhança de erva daninha, ela se entranha suavemente nas raízes do sentimento, estrangulando-as com vigor.

Insinuante, encontra fáceis argumentos para instalar-se na mente e emaranhar-se no coração, tornando-se infortúnio de difícil erradicação.

Afirma-se que a angústia é resultado de sofrimentos íntimos mal digeridos.

Às vezes, aí se origina. Invariavelmente, porém, torna-se desdita que consome, tendo a sua procedência em nonadas que tomam vulto e são aceitas como fatores de alta consideração.

Não te impressiones com os insucessos nas atividades que empreendes. Eles fazem parte dos cometimentos e são lições preciosas, a fim de que aprendas a não reincidir nos seus gravames.

Quem desconhece o fracasso não tem condições de viver êxitos.

Demorar-se no malogro, entre lamentações e rebeldias, é abrir-se ao desequilíbrio, à angústia.

Perder é fenômeno natural em todo empreendimento, de modo a poder-se lucrar depois, satisfatoriamente.

A existência carnal, por isso mesmo, é um investimento que experimenta todos os tipos de riscos existentes.

Enfrentá-los com naturalidade, eis o dever de todos, nunca se deixando atemorizar ou fugir da responsabilidade que apresentam.

Entre os antídotos eficazes para a angústia, o trabalho edificante e nobre de toda procedência, tem primazia.

Ele estabelece motivações para continuar-se a viver e a lutar, emulando ao contínuo esforço de crescimento com vistas ao progresso social, moral e espiritual.

Ao seu lado, a leitura instrutiva, consoladora, e a prece constituem terapias eficazes, substituindo, na mente os clichês viciosos e pessimistas por ideias novas, construtivas.

Abrindo espaços para conjunturas e realizações saudáveis, reeduca os hábitos mentais negativos, facultando entusiasmos, renovação interior, libertação.

A ação do bem a favor do próximo é, também, de valor inestimável, por gerar simpatia e desenvolver o amor que restabelecem a paz íntima, restituindo a alegria existencial.

Habitua-te com a felicidade e não a desprezes, aceitando as insinuações da angústia que te espreita.

Faze sol íntimo e esparze-o onde te encontres.

Jamais tropeçarás em trevas se o mantiveres.


Retirado do livro Momentos de Esperança; Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 3ª Edição, 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário