sábado, 17 de abril de 2021

A Arte de Bem Viver

 A difícil arte de bem viver é desafio para todos que se empenham pela aquisição da felicidade.

Para lográ-la, com o êxito que se pretende, são indispensáveis os exercícios da renúncia e da  humildade, que se encarregam de desenvolver o campo onde mais amplamente se pode expressar.

Todas as artes são conseguidas mediante empenho, qual ocorre com outros valores nas demais áreas do comportamento humano.

A arte de bem viver constitui uma ciência de conduta sábia.

Para viver-se bem, com conforto e acomodado, são poucas as exigências que não ultrapassam a órbita dos valores materiais.

Dinheiro, saúde, posição social constituem requisitos para uma vida boa, de prazeres que se desdobram no jogo dos interesses mais imediatos.

Bem viver é exigência mais ampla da vida. Não obstante necessite de alguns valores objetivos, o seu é o programa transcendente de conquistas imateriais.

Quem vive bem, nem sempre está bem na vida, porquanto a insatisfação e o desgaste no gozo são presenças constantes no orçamento emocional da criatura. Todavia, quem está a bem viver, inspirado pelo belo, o útil, o nobre e o sadio, vive bem, porque marcha na direção da plenitude.

O espírito, na Terra, transita em três fases, durante o seu estágio de evolução. Embora na forma bípede, assume postura animal, humana e espiritual.

Quando há predominância dos instintos, que o atavismo da evolução mantém, o gozo, na sensação, ainda o jugula ao período animal.

Quando as emoções o elevam na busca das realidades da vida, apresenta-se em experiências do ciclo humano, preparando-o para o passo seguinte.

Por fim, quando se doa e eleva-se, ampliando os esforços em favor do próximo, transfere-se para o degrau que o alçará ao estágio espiritual libertador.

No primeiro passo goza, sente, aturde-se.

No segundo, percebe, conquista, ilumina-se.

No terceiro, eleva-se, vive, santifica-se.

Não te detenhas na faixa vibratória da evolução, na qual estagias.

Se vives bem, procura fazê-lo com dignificação, a fim de que possas bem viver, sobrepondo-te aos limites da conjuntura material, que é o passo primeiro para a tua plena realização como Espírito imortal.


Texto de Divaldo Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis, retirado do livro Momentos de Esperança, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 3ª Edição, 2014.

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