segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

A língua do santo

A oralidade nas religiões afrobrasileiras é um inportante veículo de transmissão dos conhecimentos, sendo seu uso um dos principais mecanismos reguladores das relações de poder e reciprocidade estabelecidas pelos adeptos entre si e destes com suas divindades: orixás, caboclos, pretos-velhos e outros guias.

A palavra é considerada fonte imanente de axé, força vital, mas é a sua pronúncia no ato da fala que movimenta as forças sagradas. Isso porque a palavra dita não se separa do sujeito que a pronuncia, seja alguém imbuído de legitimidade religiosa outorgada pelo grupo, seja a própria divindade incorporada em seu filho ou médium.

A fala comunica, movimenta e localiza os indivíduos na ordem  social e cosmológica, fornecendo os princípios de identidade daqueles que falam a mesma "língua do santo". E como toda língua compartilhada é potencialmente capaz de gerar comunidades ou nações, também a língua do santo está relacionada a uma comunidade, chamada de "povo de santo", com as suas diversas "nações" internas identificadas por meio dos modelos de ritos adotados pelos terreiros: queto, jeje, angola, etc.


Nos Terreiros


A língua-do-santo originou-se de um conjunto amplo de expressões e fragmentos de línguas étnicas africanas e possui valores semânticos próprios, muitas vezes diferentes daqueles de sua origem africana. Elaborada originalmente no interior dos terreiros, com o passar do tempo espalhou-se para além das comunidades religiosas e muitos dos seus termos tornaram-se parte da língua cotidiana falada pelo povo.

A música popular brasileira e as instituições a ela relacionadas foram importantes divulgadoras dessas expressões, tais como os nomes dos orixás (Exu, Ogum, Iemanjá, Xangô, Iansã), termos associados às oferendas (despacho, ebó), aos ritos iniciáticos (fazer a cabeça), aos instrumentos musicais e seus estilos e ritmos (agogô, atabaque, afoxé), às comidas rituais (acarajé, amalá), às saudações (saravá, mojubá), aos qualificativos de beleza ou força (odara, axé) e de confusão ou coisas ruins (quizila, encosto, demanda, carrego).

Diferentemente da escrita, a fala (seja para coletar as folhas dos orixás, proferir rezas ou oriquis, consagrar a iniciação religiosa por meio das invicações ou anunciar a presença divina) não se perpetua no tempo a não ser pela sua repetição, que deve estar associada a momentos e espaços próprios (religiosos). Considerando que ela é produziada a partir do sopro (emi), visto como um dos elementos sagrados que compõem a pessoa no candomblé, o falar é um ato ritual que denota o princípio vital que anima o corpo. Por isso, nas religiões afro-brasileiras raramente se reza em silêncio.


Sons do Corpo


Da mesma forma, outros sons produzidos pelo corpo, como o paó (palmas cadenciadas usadas para saudar orixás e os mais velhos), ou a própria música cantada e percurtida nos atabaques para chamar os orixás à terra, expressam o valor que o ato de falar, rezar, cantar e tocar adquire como forma de contato com o sagrado.

No candomblé, por isso, deve-se aprender ouvindo e vendo o que os mais velhos dizem e fazem, sendo a curiosidade malvista pela comunidade.

O símbolo da importância da fala é assinalada na iniciação quando o iaô (iniciado) é apresentado numa festa pública com a cabeça raspada e uma pena vermelha de papagaio amarrada à testa. Essa pena denota, entre outras coisas, a importância da fala (associada ao papagaio) como forma de sacralização. É nesse momento que o orixá diz seu nome sagrado em público pela primeira vez.

Nessa visão, o conhecimento, ainda que possa ser particularizado, é percebido por interconexões cujo aprendizado e manipulação dependem da visão de conjunto que se obtém ao longo da experiência total de inserção do iniciado no cotidiano da vida do terreiro. Essas interconexões, contudo, ao caracterizarem o patrimônio cultural dos grupos em forma de uma memória social  coletiva e pessoal, não devem ser entendidas como formas acabadas e irreversíveis. As "novas interpretações" do conhecimento ritual tradicional podem assumir (e frequentemente assumem) grande importância no fornecimento de acréscimos, inteligibilidade e dinamismo às tradições.

Por esses aspectos, avalia-se a dificuldade de sistematização dessas tradições de forma não conflitante com a ordem de transmissão oral dos conhecimentos religiosos e com a manutenção do axé apoiado na fala e no segredo ritual; principalmente quando se considera que a oralidade, ao menos como forma de aquisição e retenção de conhecimento, vem se tornando cada vez menos legítima diante do valor do saber escrito instituído nos processos de educação formal de massa.


Escrita e Fé


No contexto dos terreiros, escrita e religião tenderiam a se opor, porque a força da palavra está em sua pronunciação, no contexto da experiência vivida. Entretanto, sistematizações (ou codificações escritas) existem e pelas formas assumidas denunciam transformações significativas no modo como essas religiões têm sido pensadas e particadas seja no interior dos terreiros, seja na confluência destes com o mundo exterior.

Uma das formas de sistematização do conhecimento, por exemplo, é a utilização, pelo povo de santo, dos chamados "cadernos de fundamentos", escritos por eles mesmos para reter de maneira segura os conhecimentos que são adquiridos com o passar do tempo e que são utilizados cotidianamente nas inúmeras e minuciosas tarefas religiosas, que devem ser executadas numa ordem necessária e com elementos definidos

Os "cadernos de fundamentos", em geral, contêm anotações como os procedimentos de iniciação dos orixás, rezas, fórmulas de oferendas, receitas, utilização de folhas sagradas e os nomes dos odus e seus significados no jogo de búzios.


Etnografias


Ao lado dos "cadernos de fundamentos", de uso pessoal e restrito, outra forma de sistematização escrita da religião, de acesso público, tem sido as etnografias realizadas nos terreiros brasileiros desde fins do século XIX. Essas etnografias, sobretudo quando publicadas em livro, possibilitam que parcelas do conhecimento oral do povo de santo seja registrado, podendo ser acessado de forma ampla. Livros de autores como Roger Bastide (O Candomblé da Bahia) e Pierre Verger (Orixás), entre outros, passam a ser cada vez mais procurados e lidos pelos religiosos, que os tomam frequentemente como modelos de culto justificando aspectos cotidianos do rito que praticam.

Assim, o texto acadêmico sobre essas religiões de tradição oral tende a registrar um processo que ele próprio, paradoxalmente, ao descrever, tem ajudado tanto a consolidar como a transformar, seja porque permite ao leitor religioso, que é muitas vezes o próprio produtor daquele conhecimento, refletir sobre suas práticas a partir do ponto de vista proposto pelo texto, ou porque generaliza o que é a visão particular de certos grupos que podem se utilizar dos livros que os descrevem como meio de legitimar e valorizar sua visão de mundo diante das demais.

Sendo os terreiros grupos religiosos altamente hierarquizados internamente, com posições internas estabelecidas segundo a idade de iniciação dos seus membros, a qual regula o acesso ao conhecimento ritual, o livro atua, ainda, de modo a facilitar o acesso dos iniciados ao acervo cultural da religião, atenuando num certo grau as dificuldades decorrentes da regra do segredo na transmissão oral do conhecimento religioso.

As etnografias vão constituindo, assim, o "corpus inscriptionum" da religião - seu corpo codificado. Sob este aspecto, as religiões afrobrasileiras encurtam também sua distância em relação àquelas religiões que podem exibir suas tradições codificadas (traduzidas, impressas e universalizadas) em livros sagrados, como o cristianismo e a Bíblia, o judaísmo e o Talmude ou a Torá, o islamismo e o Alcorão.


Ciência e Religião


O discurso científico (principalmente o antropológico), enfatizando suas afirmações como resultado de uma pesquisa baseada na obsevação participante e, portanto, numa perspectiva "desde dentro", busca assegurar a confiabilidade das informações perante os seus leitores ( entre os quais estão os religiosos). Mesmo porque muitos pesquisadores acabam participando também como religiosos da vida dos terreiros pesquisados e usando essa proximidade como forma de legitimar suas conclusões.

Ao lado da etonografia religiosa afro-brasileira de cunho científico, existe, ainda, outro tipo de literatura religiosa de divulgação crescente, principalmente nos grandes centros urbanos, cujos autores são em sua maioria autoridades religiosas (pais e mães de santo) que escrevem para um público não necessariamente acadêmico, mas sem dúvida já acostumado com esse tipo de veiculação da informação religiosa.

Para o grupo religioso, ter sua história registrada num livro representa sinal de valorização positiva de suas práticas e, para o pai de santo, publicar ou divulgar textos (muitas vezes, em congressos de religiosos e encontros científicos) pode significar sinal de legitimidade também no nível do saber escrito, além de uma inserção importante do religioso no "mundo dos parágrafos" que influem consideravelmente na dinâmica das tradições.

Por outro lado, muitos textos dessa literatura religiosa não tomam como modelo os trabalhos acadêmicos, seja na sua forma: não são exatamente etnografias de terreiros, seja nos seus objetivos: trata-se de textos que procuram fornecer uma série de informações religiosas básicas para orientar os leitores em práticas mágicas do tipo: como jogar búzios, fazer ebós ou despachos etc. Em muitos casos, essa literatura religiosa afro-brasileira impõe-se numa faixa do mercado editorial caracterizada por livros como o de São Cipriano, Cruz de Caravaca etc.


Dificuldades


O candomblé, ao transitar pelo mundo da escrita (que cada vez mais se transforma sob o impacto da tecnologia digital e da internet em que proliferam sites disponíveis sobre todas as religiões),  enfrenta, ainda, outras dificuldades.

Diferentemente da umbanda, que desde a origem e sob a influência do kardecismo tem procurado se codificar por meio dos livros e organizações burocráticas (chegando a ter hoje uma Faculdade de Teologia Umbandista em São Paulo), o candomblé tem procurado se legitimar baseando-se no carisma individual de suas lideranças e na ênfase das tradições orais tidas como originárias da África em épocas antigas e "conservadas" até hoje por meio da manutenção dos segredos rituais.

Dialeticamente, sendo uma religião gestada sobretudo no Brasil, o candomblé afirma-se por meio de sua origem africana e, estando  baseado na oralidade, cada vez mais a escrita e outros registros visuais desempenham papéis fundamentais na reprodução e divulgação nacional e internacional dos seus valores. Basta dizer que dois de seus maiores divulgadores, Pierre Verger e Carybé, foram atraídos para o candomblé após lerem romances de Jorde Amado, o mais divulgado escritor brasileiro, que escolheu o povo da Bahia e o candomblé como personagens de suas novelas.

Enfim, esses são alguns aspectos das relações contemporâneas entre oralidade e escrita nas religiões afro-brasileiras sobre as quais a ação dos sacerdotes, antropólogos, artistas, cantores, adeptos, orixás, editoras, jornais e revistas vem trazendo novas dinâmicas e alternando a funções da palavra na produção dos valores religiosos.

No candomblé se diz "Kosi ewe, Kosi orixá" ("sem folhas não há prixás"). Trata-se de referência à importância da natureza para a reprodução da religião. Mas não podemos deixar de notar que a palavra "folha" também pode designar o suporte da palavra escrita nos livros. Seria isso uma premonição?


A linguagem dos terreiros

Um glossário com as expressões usadas pelas religiões afro-brasileiras


* ABIÃ: Frequentador ou simpatizante do terreiro que ainda não foi iniciado.

* AMACI: Banho de ervas sagradas usado para purificação.

* AMALÁ: Comida à base de quiabo dedicada a Xangô, orixá masculino do raio e do trovão.

* AGÔ: Licença, permissão, perdão. "Agô, meu pai": dê-me licença, meu pai (pai-de-santo ou orixá).

* ASSENTAMENTO (OU IBÁ): Conjunto de objetos (pratos, ferro, búzios, pedra, etc.) que representa o orixá. "Assentar o santo" ou "Fazer a cabeça": submeter-se à iniciação.

* AXÉ: Energia vital. Força espiritual da natureza (em objetos inanimados, como pedras, ou animais e plantas), designa o poder de realização e a dinãmica das entidades.

* AXEXÊ: Cerimônia fúnebre do candomblé de rito nagô.

* BABA: "Pai", no candomblé, ou "mãe", na umbanda.

* BABALAÔ: Adivinho; praticante do jogos divinatórios.

* BABALORIXÁ: Sacerdote, pai-de-santo.

* BORI: Ritos para o fortalecimento espiritual da cabeça (ori) de uma pessoa, por meio de oferecimento de alimentos. "Dar comida ao ori".

* CAMBONO: Auxiliar do sacerdote ou dos médiuns incorporados na umbanda.

* CANDOMBLÉ: Culto ou invocação. Termo de origem banto, designa tanto as cerimônias públicas (festas e toques) como o local (templo) em que são realizadas.

* CONGÁ: Altar nos terreiros de umbanda. "Bater a cabeça no congá": saudar as entidades de seus altares tocando o chão com a cabeça.

* CORPO FECHADO: Proteção contra inimigos e má sorte obtida por meio dos rituais como a abertura de pequenas incisões na pele em que pós mágicos são inseridos.

* DECÁ: "Receber o decá" é submeter-se ao ritual do sétimo ano de iniciação, que confere ao adepto autorização para iniciar outros adeptos e tornar-se pai-de-santo.

* DEMANDA: Briga, desentendimento entre pessoas, terreiros ou orixás cuja explicação remete a questões espirituais.

* DESCARREGO: Ritos (banhos, passes, oferendas, etc.) para afastar as energias negativas e abrir os caminhos de uma pessoa.

* DESCER (OU BAIXAR): Receber em transe uma entidade espiritual.

* DESPACHO (OU EBÓ): Oferenda alimentar e/ou sacrifício de animal em homenagem à divindades para obter sua ajuda e proteção na solução de problemas. "Pisar num despacho": atrair má sorte.

* DIJINA (OU ORUNCÓ): Nome religioso, iniciático, com que são conhecidas e tratadas as pessoas no candomblé. Geralmente é composto por palavras de origem banto ou iorubá.

* EBOMI: Status do iniciado após a realização da cerimônia do decá.

* EGUM: Espírito dos mortos cultuado em terreiro dedicado ao culto de antepassados chamados de Egungun.

* ENCOSTO: Perturbações atribuídas aos maus espíritos ou às energias negativas.

* EQUEDE: Cargo do candomblé reservado às mulheres que não entram em transe. Uma de suas funções é auxiliar os membros do terreiro quando incorporados.

* FAZER OU RASPAR O SANTO: Iniciação no candomblé que consiste em diversos rituais privados (como raspagem do cabelo, sacralização do assentamento do orixá por sacrifício de animais, etc) e que termina com a apresentação do iniciado numa festa pública, a Saída-de-iaô.

* FILHO-DE-SANTO: Iniciado no candomblé que passa a pertencer a uma família-de-santo (com pai-de-santo, irmão-de-santo, tio-de-santo, primo-de-santo, etc).

* FUNDAMENTO: Conhecimento profundo e secreto sobre a religião que dá legitimidade ao ritual realizado.

* GIRA: Sessão de trabalho espiritual na umbanda. Viagem espiritual que o guia faz para buscar a causa de um problema (também conhecida como "girar o mundo").

* GUIA: Entidade protetora. Colar feito de fios de contas consagrado às entidades. "Girar com o guia": dançar ou trabalhar incorporado com uma entidade espiritual.

* HUNTÓ: Tocador de tambor no rito jeje de procedência Fon-Ewe.

* IAÔ: Iniciado do candomblé até o 7º ano de iniciação.

*INQUICE: Nome genérico das divindades nos terreiros de rito angola.

* IYALORIXÁ: Sacerdotisa. O mesmo que mãe-de-santo.

* JOGO DE BÚZIOS: Processo de adivinhação por meio de 16 búzios (conchas chamadas de cauris).

* LINHA: "Faixa de vibração espiritual" que agrupa as divindades e as identifica por cânticos, doutrinas ou rituais próprios.

* MOJUBÁ: Saudação, homenagem, tributo.

* NAGÔ: Proveniente da tradição iorubá.

* NOCHÊ: Mãe, no rito jeje.

* OBRIGAÇÃO: Cerimônias ou oferendas rituais feitas periodicamente.

* OBSESSÃO: Perturbação de origem espiritual.

* ODARA: Bonito, saudável, equilibrado, ereto, duro, grande.

* ODU: Destino, sorte, previsão. Nome genérico de cada uma das 16 possibilidades de arranjos obtidos no jogo de búzios, os odus principais. A cada odu está relacionado um conjunto de poemas (lendas) que descreve a vida e as atribuições dos orixás e de seus filhos. A identificação dos odus no jogo de búzios e o conhecimento de suas lendas permitem ao adivinho associá-las aos problemas ou ao destino do consulente.

* OGÃ: Homem que não entra em transe e ocupa cargos honoríficos.

* OGÃ E ALABÊ: Tocador de atabaques no candomblé.

* ORIXÁ: Nome genérico das divindades usado no terreiro de rito nagô ou queto.

* ORIQUI: Reza, saudação ou poema que relata a história dos orixás.

* OTÁ (OU OCUTÁ): Pedra sagrada que compõe o assentamento dos orixás.

* PAI OU MÃE-DE-SANTO: Pessoa que ocupa o mais alto grau da hierarquia religiosa.

* PAI-PEQUENO OU MÃE-PEQUENA: Auxiliar do pai ou da mãe de santo. A 2ª pessoa na hierarquia religiosa do terreiro.

* PASSE: Limpeza espiritual feita por entidade incorporada que se utiliza de imposição das mãos, fumaça de charuto, aspersão de líquidos, etc.

* PEJÍ: Lugar ou altar onde são colocados e cultuados os objetos sagrados das divindades do candomblé. Nos terreiros jejes é chamado de comé, valdencomi ou valdencó.

* PEMBA: Pó sagrado usado na purificação de ambientes.

* PONTO RISCADO: Desenho ou diagrama feito pela entidade espiritual no chão do terreiro contendo símbolos que a identificam.

* QUELÊ: Colar de contas usado rente aos pescoço por algumas semanas pelo iaô como símbolo da recente iniciação. "Estar de quelê" e "cumprir o quelê" designam a fase em que o iaô está sujeito às interdições rituais que ele deverá cumprir.

* QUETO: Proveniente da tradição iorubá.

* QUIZILA: Tabu ritual, temporário ou permanente, imposto ao iniciado. Desentendimento, briga, aversão.

* RONCÓ: Quarto ou lugar onde são realizados os rituais privados da iniciação.

* SUBIR: Despachar o santo, interromper o transe. "Cantar pra subir": cantar as cantigas de despedida (chamadas também de aunló) para que a entidade se despeça.

* TERREIRO: Templo onde são cultuadas as divindades. Conhecido como ilê, abassá, casa de santo, roça, centro, tenda ou cabana.

* TOI: Sacerdote ou pai de santo, no rito jeje.

* TOQUE OU TOQUE DE SANTO: Festa pública em homenagem às divindades ou à divindade homenageada ("Toque de Ogum"). Diz-se "Fazer ou dar um toque".

* VODUN: Nome genérico das divindades no terreiro de rito jeje.

* VODUNSI: Filha ou filho de santo no rito jeje


Texto de Vagner Gonçalves da Silva; professor de Antropologia da USP. Retirado da Revista Língua Portuguesa, Edição Especial Religião e Linguagem, Editora Segmento, São Paulo.

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