domingo, 11 de setembro de 2011

A mosca

                      autoria desconhecida

                                                            Parte I

                               Contam que certa vez duas moscas cairam num copo de leite. A primeira era forte e valente. Assim, logo que caiu, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater e afundou.
                                Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz, e por isso continuou a se debater por tanto tempo, que aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar voo para algum lugar seguro.
                                Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...

                                                          Parte II

                                 Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria.
                                  Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da compamheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: " tem um canudo ali, nade até ele e suba pelo canudo ".
                                  A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de... água!!!   


Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos em nossa própria falta de visão? Fazemos isto quando não conseguimos sentir a necessidade de mudanças, quando não existe abertura da nossa parte para nos " reenquadrar " na nova experiência, ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar.
" Reenquadrar " é permitir-se olhar a situação atual como se ela fosse inteiramante diferente de tudo que já vivemos, nos libertar de comparações - é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, não importa, é necessário tentar, pois tudo é aprendizado. Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à energia que precisamos, à motivação de continuar buscando o que queremos. Mas, para isso, é preciso não ficar nos debatendo, e entrar... e sentir... pois ficar do lado de fora da porta não nos motiva e nem nos oferece a visão real.

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