sábado, 23 de janeiro de 2021

Livre-Arbítrio

 O sofrimento é resultado do uso do livre-arbítrio do homem de forma equivocada.

Aplicado sem ética ou por precipitação, sem uma análise correta dos fatos, desencadeia reações negativas que geram dor e ressentimento, levando ao desequilíbrio.

A faculdade de discernir contribui para a responsabilidade dos atos praticados.

Assim, Deus permite que o sofrimento se instale no coração humano, pois que, mediante este processo, o indivíduo aprende a respeitar os valores da vida.

O homem pode aceitar ou repudiar as más inspirações que lhe chegam.

O livre-arbítrio dá-lhe dimensão dos resultados das ações que pratica.

A vida dos santos e dos heróis, do cidadão do bem e do cristão é-lhe exemplo de como deve também agir, a fim de fruir de bem-estar.

A eleição dos sentimentos torpes, ao invés dos corretos, embora difíceis de ser aplicados, responde pelos efeitos cáusticos, danosos para o ser.

Afirma-se com propriedade que "o aluno quando está preparado, aparece-lhe o mestre".

Não obstante, o mestre ensina, orienta e aponta os caminhos que o aprendiz deve percorrer.

O seu amor não realiza as tarefas que constituem o curso para a formação do caráter, dos sentimentos, das experiências individuais.

Da mesma forma, age a Divindade em relação às criaturas.

Deus nos faculta o crescimento sob Sua inspiração amorosa, porém, os logros se fazem com esforço pessoal. Sem privilégios, tampouco sem restrições.

As oportunidades são iguais para todos.

Aqueles que hoje desfrutam de felicidade e júbilo, fazem-lhes jus ou as recebem como valores que deverão preservar a benefício pessoal e dos demais.

Quem padece as injunções de dor e limitação já fruiu de ventura e agora se recupera.

O exercício da vontade com a consequente meditação em torno dos deveres a cumprir, transforma-se em disciplina eficaz para o uso do livre-arbítrio.

O segredo da felicidade se encontra na ação consciente em relação às Leis Divinas e ao estado de comportamento humano.

O homem é a grande meta do Pai, que o criou para a perfeição.

Determinando fatores inamovíveis que o  propelem ao progresso, premia-o com o livre-arbítrio mediante o qual estabelece o que fazer, como e quando realizá-lo.

No Decálogo estão as leis básicas da vida e no Evangelho de Jesus se encontram as diretrizes para o uso do livre-arbítrio, como recurso valioso para a libertação do sofrimento e a conquista da realização interior.


Texto de Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis retirado do livro Momentos de Alegria, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 4ª Edição, 2014.

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