São várias as razões para uma expressão nova ser incorporada ao cotidiano de uma população. Uma delas é seu prestígio. Muitos puristas odeiam palavras como "alavancar", mas há gente que gosta, ora. Quem adapta uma expressão de outra Língua o faz porque isso lhe soa bem, moderno, ou porque denota sua profissão, sua posição, mesmo que seja sua posição imaginária numa sociedade - o cara "quer" ser globalizado, popular, informal, up-to-date... etc.
Em palavras como "disponibilizar", o importante não é que seja nova ou seja um modismo, mas obedeça rigorosamente a regras da gramática: por exemplo, o /v/ de "disponível" se torna um /b/ (como em "viável = viabilizar" etc; é um verbo da 1ª conjugação (todos os verbos novos são, mesmo os derivados de palavras estrangeiras, é só conferir); o sufixo "-ilizar" mantém seu sentido em todos os verbos em que ocorre, etc.
É falha a visão que olha a Língua apenas por meio das palavras, sem considerar sua estrutura...
Mitos Ideológicos, 100 Mitos retirado da revista Língua Portuguesa, Ano 9, número 100, Fevereiro de 2014, Editora Segmento, São Paulo.
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