Na grande mola humana, cada pessoa dá à vida um significado especial.
Esta, objetiva a aquisição da cultura; essa busca o destaque social, aquela, anela pela fortuna; estoura, demanda o patamar da glória...
Uma quer a projeção pessoal; outra anseia pela construção de uma família ditosa, cada qual se empenhando mais afanosamente para atingir o que estabelece como condição de meta essencial.
Tal planificação, que varia de indivíduo para indivíduo, termina por estimular à luta, à competição insana, ao desespero.
Conseguido, porém, o que significou como ideal, ou reprograma o destino ou tomba em frustração, descobrindo-se irrealizado ou vítima de saturação do que haja conseguido, sem plenificar-se interiormente.
A vida, entretanto, possui um significado especial que reside no autodescobrimento do homem, que passa a valorizar o que é ou não importante no seu peregrinar evolutivo.
Este desafio se torna individual, unindo, sem embargo, no futuro, os seres numa única família, que entrelaça os ideais em sintonia perfeita com a energia que emana de Deus e é o élan vitalizador da vida.
Os meios da tua sobrevivência orgânica emulam-te para avançar ao encontro da finalidade da existência.
O azeite sustenta a chama, porém a finalidade desta não é crepitar, mas derramar luz e aquecer.
Enquanto não te empenhes, realmente, na busca da tua realidade espiritual, seguirás inseguro, instável, sem plena satisfação.
Todas as aquisições que exaltam o ego, terminam por entediar.
A maneira mais eficiente para o cometimento de real significado da vida é a experiência do amor.
Amor que doa e liberta.
Amor que renuncia e faz feliz.
Amor que edifica, espalhando esperança e bênçãos.
Amor que sustenta vidas e favorece ideais de enobrecimento.
Amor que apazigua quem o sente e dulcifica aquele a quem se doa.
O amor é conquista muito pessoal, que necessita do combustível muito pessoal, que necessita do combustível da disciplina mental e da ternura do sentimento para expandir-se.
O significado essencial da vida repousa, pois, no esforço que cada criatura deve encetar para anular as paixões dissolventes, colocando nos seus espaços emocionais o divino hálito, o amor que se origina em Deus.
Texto retirado do livro Momentos de Meditação; Divaldo Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis; Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 3ª Edição, 2014.