segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Prometa a si mesmo

Ser tão forte que nada perturbe a paz de sua mente.
Falar de felicidade, saúde e prosperidade a cada pessoa que conhecer.
Fazer sentir aos seus amigos que há algo de valor neles.
Ver o lado brilhante de cada coisa e conseguir otimismo por meio dele.
Pensar novamente o melhor, trabalhar somente pelo melhor e esperar somente o melhor.
Ser tão entusiasta pelo êxito dos demais como por seu próprio.
Esquecer os erros do passado e insistir para conseguir grandes realizações no futuro.
Dar tanto tempo a seu melhoramento pessoal que não sobre tempo para criticar os outros.
Ser demasiado grande para preocupar-se, demasiado nobre para irar-se
E demasiado feliz para permitir a presença de problemas que perturbem a sua fé.

autoria desconhecida

Faça O Que Puder

Era uma vez um fazendeiro que tinha uma plantação de milho bem grande. Ele tratava dela com cuidado porque precisava vender o milho pra comprar as coisas para a família.

Ele trabalhou duro muitas semanas, mas não choveu e aí o milho secou e murchou. Todo dia de manhã o fazendeiro desanimado vinha e olhava os pezinhos de milho com sede e pedia que chovesse.

Um dia, quando ele estava olhando para o céu, dois pingos de chuva viram o fazendeiro. Um deles disse:
- Este fazendeiro trabalhou duro na sua plantação de milho e agora está tudo ficando seco. Eu acho que posso ajudar.

O outro disse: - É mesmo. Mas nós somos pingos de chuva muito pequeninos. O que é que a gente pode fazer?

O primeiro pingo disse: - Olhe, eu não posso fazer muito, mas vou fazer o que puder. Lá vou eu!

O primeiro pingo foi logo para a plantação. Então o segundo pingo falou: - Bem, se você acha que deve ir, eu vou também. Lá vou eu! - E foi mesmo.

Um pinguinho de chuva caiu - Pim! - no nariz do fazendeiro.

Outro pinguinho de chuva caiu - Pim! - num galhinho do milho.

O fazendeiro falou: - Ho! Ho! Um pinguinho de chuva! Acho que vem um temporal!

Bem nessa hora muitos pingos de chuva vieram juntos pra ver o que estava acontecendo. Quando eles viram os dois pinguinhos de chuva caindo pra molhar a plantação do fazendeiro, um deles disse: - Se esses dois estão tentando fazer alguma coisa, eu vou fazer também. -E lá foi ele!

- Eu também vou! - disse outro pingo de chuva e mais outro.

Todos disseram a mesma coisa e uma boa tempestade caiu e o milho ficou molhado. Então as espigas cresceram e amadureceram... Tudo porque um pinguinho de chuva fez o que podia...

Poema Com Putas

                        Marçal Aquino


Ontem
morreu a puta mais velha
da vila.
Tinha cabelos brancos,
um dente de ouro
e uma foto adolescente.
Nunca reclamou do tempo,
do governo
e do preço das coisas.
Mas, desconfio, tinha desertos dentro de si.

Foi vista um dia
Olhando uma nuvem.

Gostava de um vestido vermelho
que nem lhe servia mais.

Quando ela morreu
dois negrinhos barrigudos
olhavam o incêndio
num monte de lixo.

Dizem que foi a paixão
de um importante político
nos anos 40.
Teve jóias,
roupa nova,
convite pra festas
e pneumonia.
Sobraram-lhe as rugas:
michê de fim de expediente.
Votou em Getúlio
e sempre respeitou a sexta-feira santa.

Paixão, ela teve duas:
Um manco de bigodinho
e um outro que voltou pro Norte.
O esmalte no dedão descascava
Como descascam certos dias
e a gente não vê.

Morreu só
a puta mais velha da vila. E uma doença
que quase a matou. Um cara perguntou
se ela era feliz. Outro, por que não se casou.
E ela sabia
que um Domingo
rodeada de netos no subúrbio
é também uma prisão.

Preferiu a cerveja morna
e o São Jorge sobre a cômoda.

Morreu velha essa puta na vila.
Sem saber a idade ao certo
mas dos setenta chegou perto.

Morreu numa tarde anônima
com criança olhando incêndio
e cachorro magro
passeando na vila. Tarde comum
com tédio de vestido vermelho
e de varal de vila.
O mesmo tédio
de que é feita a fúria da primavera
e a esperança das putas.

Volver a los diecisiete

                                 Violeta Parra

Volver a los diecisiete
Después de vivir un siglo
Es como descifrar signos
Sin ser sabio competente
Volver a ser de repente
Tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo
Como un niño frente a Dios
Eso es lo que siento yo
En este instante fecundo

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra
Ai, sí, sí, sí

Mi paso retrocedido
Cuando el de ustedes avanza
El arco de las alianzas
Ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido
Se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena
Con que nos ata el destino
Es como un diamante fino
Que alumbra mi alma serena

Se va enredando, enredando
Como en el muto la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra
Ai, sí, sí, sí

Lo que puede el sentimiento
No lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder
Ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia el momento
Cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente
De rancores y violencias
Solo el amor con su ciencia
Nos vuelve tan inocentes

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el  musguito en la piedra
Ai, sí, sí, sí

El amor es por divino
De pureza original
Hasta el feroz animal
Susurra su dulce trino
Detiene los peregrinos
Libera los prisioneros
El amor con sus esmeros
Al viejo lo vuelve niño
Y al malo solo el cariño
Lo vuelve puro y sincero

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra
Ai, sí, sí, sí

De par en par la ventana
Se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto
Como una tíbia mañana
Y al son de su bella Diana
Hizo brotar el jazmín
Volando cual serafin
Al cielo me puso aretes
Y mis años en diecisiete
Los convirtió el querubin

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Com el musguito en la piedra
Com el musguito en la piedra
Ai, sí, sí, sí

Música do repertório da cantora argentina Mercedes Sosa. A canção foi regravada em 1999 por Zizi Possi em seu CD Puro Prazer. É de arrepiar...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Apostila

                     Álvaro de Campos

Aproveitar o tempo!
Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
Aproveitar o tempo!
Nenhum dia sem linha...
O trabalho honesto e superior...
O trabalho à Virgílio, à Milton...
Mas é tão difícil ser honesto ou superior!
É tão pouco provável ser Milton ou ser Virgílio!

Aproveitar o tempo!
Tirar da alma os bocados precisos - nem mais nem menos -
Para com eles juntar os cubos ajustados
Que fazem gravuras certas na história
(E estão certas também do lado de baixo que se não vê)...
Pôr as sensações em castelo de cartas, pobre China do serões,
E os pensamentos em dominó, igual contra igual,
E a vontade em carambola difícil.

Imagens de jogos ou de paciências ou de passatempos -
Imagens da vida, imagens das vidas, Imagem da Vida.

Verbalismo...
Sim, verbalismo...
Aproveitar o tempo!
Não ter um minuto que o exame de consciência desconheça...
Não ter um ato indefinido nem factício...

Não ter um movimento desconforme com propósitos...
Boas maneiras da alma...
Elegãncia de persistir...

Aproveitar o tempo!
Meu coração está cansado como mendigo verdadeiro.
Meu cérebro está pronto como um fardo posto ao canto.
Meu cérebro (verbalismo!) está tal como está e é triste.
Aproveitar o tempo!
Desde que comecei a escrever passaram cinco minutos.
Aproveitei-os ou não?
Se não sei se os aproveitei, que saberei de outros minutos?!

(Passageira que viajaras tantas vezes no mesmo compartimento comigo
No comboio suburbano,
Chegaste a interessar-te por mim?
Aproveitei o tempo olhando para ti?
Qual foi o ritmo do nosso sossego no comboio andante?
Qual foi o entendimento que não chegamos a ter?
Qual foi a vida que houve nisto? Que foi isto a vida?)

Aproveitar o tempo!
Ah, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memória de tempo ou de ser!...
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E escila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.


Álvaro de Campos é um dos heterônimos de Fernando Pessoa.

Todas as cartas de amor são ridículas

                                  Álvaro de Campos

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

Álvaro de Campos é um dos heterônimos de Fernando Pessoa.

A Fábula dos Porcos-Espinho


                               Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
                               Os porcos-espinho, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.
                               Acontece que os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam maior calor. Por essa razão, decidiram afastar-se uns dos outros e voltaram a morrer congelados.
                               Então, precisavam fazer uma escolha: desapareceriam da Terra ou aceitariam os espinhos dos companheiros.
                                Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
                                 E assim, sobreviveram!!


Em tempo: o melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos dos outros e consegue admirar suas qualidades.

Creio

                    Mahatma Gandhi

Creio em mim mesmo.
Creio nos que trabalham comigo.
Creio nos meus amigos.
Creio na minha família.
Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que me
esforce para alcançar com meios lícitos e honestos.
Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação
a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam como eu acredito.
Creio que o triunfo é resultado de esforços inteligentes, que não dependem de sorte,
de magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe.
Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.
E, assim sendo, serei cauteloso quando tratar os outros, pois quero que eles sejam comigo.
Não caluniarei aqueles de quem não gosto.
Não diminuirei o meu trabalho porque outros o fazem.
Prestarei o melhor serviço de que sou capaz,
porque jurei a mim mesmo triunfar na vida.
E sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz.
Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que, às vezes, ofendo
os outros e necessito de perdão. 

Ouvir Tem Consequências

                                     Carl Rogers


Quando verdadeiramente ouço uma pessoa e os significados que lhe são importantes naquele momento, ouvindo não simplesmente suas palavras mas ela mesma, e quando lhe demonstro que ouvi seus significados pessoais e íntimos, muitas coisas acontecem. Há, em primeiro lugar, um olhar agradecido. Ela se sente aliviada. Quer falar mais sobre seu mundo. Sente-se impelida por um novo sentido de liberdade. Torna-se mais aberta ao processo de mudança.

Tenho notado frequentemente que quanto mais profundamente ouço os significados desta pessoa, mais acontecerá. Quando uma pessoa percebe que foi profundamente ouvida, quase sempre fica com os olhos marejados. Acho que na verdade ela está chorando de alegria. É  como se estivesse dizendo: " Graças a Deus, alguém me ouviu. Alguém sabe o que significa estar na minha pele ". Em tais momentos, tenho tido a fantasia de um prisioneiro em um cárcere, transmitindo dia após dia uma mensagem em Código Morse: " Alguém está me ouvindo aí? Há alguém aí? " E finalmente, um dia escuta toques dizendo: " Sim ". Esta simples resposta o liberta da solidão. Ele se tornou de novo um ser humano.

Há muitas, muitas pessoas vivendo em cárceres privados hoje em dia, pessoas que não deixam transparecer nada do lado de fora, onde você tem que escutar com muita atenção para ouvir a fraca mensagem vinda de dentro do cárcere.

Outras Reflexões

Amigos sabem quando serão amigos, pois
compartilham momentos, dão força. Estão sempre
ao nosso lado nas conquistas, nas derrotas,
nas horas boas e nas difíceis.
Amizade é nem sempre pensar do mesmo jeito,
mas é abrir mão de vez em quando.
Amizade é como ter um irmão que não mora
na mesma casa.
É compartilhar segredos, emoções, é compreensão, é diversão, é contar com alguém
sempre que precisar.
É ter algo em comum e não ter nada em comum.
É saber que se tem mais algo em comum
do que se imaginava.
É sentir saudades, é querer dar um tempo, é dar preferência,
é bater um ciúme.
Amizade que é amizade nunca acaba, mesmo que
a gente cresça, mesmo que outras pessoas apareçam
em nossa vida, porque amizade não se explica.
Ela simplesmente acontece.

autoria desconhecida 

A Idade de Ser Feliz


Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com a intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e de coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda a disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se Presente e tem apenas a duração do instante que passa... doce pássaro do aqui e agora que quando se dá por ele, já partiu para nunca mais voltar.

autoria desconhecida 

Desenvolva sua complacência

                                      Richard Carlson

Nada ajuda a desenvolver mais nossa perspectiva da vida do que aprender a ter compaixão pelos outros. A compaixão é um sentimento simpático. Ela implica na vontade de nos colocarmos no lugar dos outros, de tirarmos os olhos de nós mesmos e imaginarmos o que é viver as dificuldades alheias, bem como, simultaneamente, sentir amor por essas pessoas. É reconhecer que os problemas dos outros, sua dor e frustrações, são tão reais quanto os nossos - e muitas vezes até piores. Ao reconhecer este fato e oferecer alguma ajuda, abrimos nossos corações e ampliamos nosso senso de gratidão.
A compaixão é algo que pode ser desenvolvido com a prática. Envolve, basicamente, duas coisas: intenção e ação. Intenção significa simplesmente abrir seu coração a outras pessoas; você desloca a noção de que e quem importa, de você para os outros. Ação é simplesmente o que faço com isso. Você pode doar dinheiro ou tempo (ou ambos) regularmente para uma causa que lhe seja cara. Ou, talvez, oferecer um belo sorriso e um alô sincero às pessoas que você encontra na rua. Não é importante o que você faça, apenas que faça algo. Como Madre Teresa dizia: " Não podemos fazer grandes coisas nesta terra. Tudo que podemos fazer são pequenas coisas com muito amor ".
A compaixão desenvolve nosso senso de gratidão ao desviar nossa atenção das pequenas coisas que aprendemos a levar tão a sério. Quando você gasta seu tempo, com regularidade, refletindo sobre o milagre da vida - o milagre que existe, até, na simples leituta de um livro ou deste texto - o dom da visão, do amor e todo o resto, isto pode ajudá-lo a lembrar de que muitas das coisas que você julga importantes são na verdade " copos d'água " que você está transformando em tempestades.

Mais Reflexões

Eu pedi força a Deus
E Deus me deu dificuldades para me fazer forte.

Aí eu pedi sabedoria
E Deus me deu problemas para resolver.

Aí eu pedi mais:
eu pedi prosperidade.
Aí Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar.

Eu pedi coragem
e Deus me deu perigos para superar.

Aí eu fui lá e pedi a Deus, pedi amor, muito amor.
Deus me deu pessoas, problemas para eu ajudar.

Aí eu pedi favores
e Deus me deu oportunidades.

Na verdade, eu não recebi nada daquilo que eu pedi,
mas eu recebi tudo que eu precisava.

autoria desconhecida 

Premunições de Aninha

                             Cora Coralina

Por quê? Você, meu irmão presidiário,
na teia de seu sonho - liberdade - viver além das grades,
paciente, elabora o seu plano de fuga sem o plano consequente
da regeneração?
Dias, meses, noites, o tempo a correr e você, aproveitando
o escasso tempo fugidio.
Paciente, tenaz, ambíguo e dissimulado, ali está roendo
com seus dentes, nervos, ossos e vontade, roendo alicerces, muros e grades.
Afinal, um dia alcança a liberdade desejada.
Por que não partiu para longe, distante, não se engajou
numa frente de trabalho lá na roça, onde ninguém pede documentação,
identidade, e se pôs como trabalhador, a salvo da busca que se faz?
Não, você ficou mesmo perto e de novo voltou à falta, ao erro,
ao crime inicial e de novo a liberdade tolhida, tão penosa de conquistar!
Por quê, meu irmão?

Tempo virá. Uma vacina preventiva de erros e violência se fará.
As prisões se transformarão em escolas e oficinas.
E os homens, imunizados contra o crime, cidadãos de um novo mundo,
contarão às crianças do futuro, histórias absurdas de prisões,
celas, altos muros, de um tempo superado.

Aqueles que acreditam
caminham para a frente
e podem ser chamados
Ludovico, Kubitschek.
Aqueles que duvidam
põem pedras e tropeços nos caminhos dos primeiros.
Jamais constutores.
Capangueiros. Aproveitadores.

pseudônimo da poetisa goiana Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que nasceu em 1889 e faleceu em 1985.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Fazer Alguém Feliz

Faça alguém feliz.
Dê um passo.
Um passo em sua direção.
Aproxime-se sem cerimônia.
Dê um pouco do calor do seu sentimento.
Sente-se bem perto e deixe-se ficar.
Algum tempo, ou muito tempo, não conte o tempo de se doar.
Deixe o sorriso acontecer.
Liberte um imenso sorriso.
Olhe nos olhos, aponte um defeito, com jeito.
Respeite uma lágrima.
Ouça uma história, ou muitas, com atenção.
Escreva uma carta. E mande.
Lembre-se de um caso.
Converse sério. Converse fiado.
Conte uma piada. Ache graça da piada.
Ajude a resolver um problema.
Pergunte o porquê.
Como vai, como tem passado, que tem feito de bom.
Que há de novo e preste atenção.
Sugira um bom passeio. Um bom livro. Um bom filme.
Mesmo um programa de televisão.
Diga, de vez em quando: desculpe-me, muito obrigado.
Não tem importância, que se há de fazer?!
Dá-se um jeito.
Tente, de alguma maneira.
E não se espante se a pessoa mais feliz for você!

autoria desconhecida 

Quando alguém não me entende

                                Carl Rogers

Fico terrivelmente frustrado e preso dentro de mim quando tento expressar algo que eu sou em profundidade, que faz parte de meu próprio mundo interno e privado, e a outra pessoa não entende. Quando me arrisco a tentar compartilhar algo que é muito pessoal com uma outra pessoa e quando isso não é aceito ou entendido, vivo uma experiência muito esvaziadora e muito solitária. Cheguei à conclusão de que uma experiência como esta torna algumas pessoas psicóticas. Isto leva-as a perder a esperança de que alguém possa entendê-las. Depois que perderam essa esperança, seu mundo interno, cada vez mais estranho, passa a ser o único onde podem viver. Não podem mais viver qualquer experiência humana compartilhada. Entendo-as porque sei quando tento compartilhar um sentimento meu, pessoal, precioso, e quando esta comunicação se defronta com uma avaliação, uma necessidade de comprovação, uma distorção de sentido, reajo com indignação: " para que tudo isso? " Em tais momentos, sabemos o que significa estar só.

Assim como vocês podem perceber a partir do que eu disse até aqui um ouvir criativo, ativo, sensível, acurado, empático, sem julgamento, é para mim imensamente importante numa relação. É importante para mim proporcioná-lo. Tem sido muito importante, principalmente em certo períodos de minha vida, recebê-lo. Sinto que cresço dentro de mim mesmo quando o proporciono. Tenho a certeza de que cresço e me sinto aliviado e valorizado quando recebo este tipo de escuta.

Eu sei que vou te amar

                        Tom Jobim/Vinícius de Moraes

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu vou te amar
Em cada despedida
Eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Eu sei que vou te amar.

Se você soubesse da existência deste Blog, você também saberia que esta canção é dedicada a você...

Seu Corpo

                      Roberto/Erasmo

No seu corpo é que eu encontro
Depois do amor o descanso
E essa paz infinita
No seu corpo minhas mãos
Se deslizam e se firmam
Numa curva mais bonita

No seu corpo o meu momento
É mais perfeito
E eu sinto no seu peito
O meu coração bater
E no meio desse abraço
É que eu me amasso
E me entrego pra você

E continuo a viagem
No meio dessa paisagem
Onde tudo me fascina
E me deixo ser levado
Por um caminho encantado
Que a natureza me ensina

E embora eu já conheça bem
Os seus caminhos
Me envolvo e sou tragado
Pelos seus carinhos
E só me encontro
Se me perco no seu corpo.


Esta música dispensa comentários. É uma grande declaração de amor... 

Doce Presença

                        Ivan Lins/Vitor Martins

Sei que mudamos desde o dia que nos vimos
Li nos teus olhos que escondiam meu destino
Luz tão intensa
A mais doce presença
No universo desse meu olhar

Nós descobrimos nossos sonhos esquecidos
E aí ficamos cada vez mais parecidos
Mais convencidos
Quanto tempo perdido
No universo desse meu olhar

Como te perder
Ou tentar te esquecer
Ainda mais que agora sei que somos iguais
E se duvidares, tens as minhas digitais
Como esse amor pode ter fim?

Já tens meu corpo, minha alma, meus desejos
Se olhar pra ti, estou olhando pra mim mesmo
Fim da procura
Tenho fé no loucura
De acreditar que sempre estás em mim


Posso nem sempre dizer o que sinto por você, mas pode acreditar que meu amor é imenso e infinito. Quero passar o restante dos meus dias com você... Grande beijo!!

música do disco Vício da cantora Simone lançado em 1987.

O Encontro... O Sorriso... A Presença!!

Como a primavera que faz surgir as flores, estamos envolvidos para juntos podermos crescer e tentar fazer acontecer o desabrochar do valor, a vida em nosso interior.

Cada semente cresce dentro de nós necessitando de amor como alimento.

Os gestos são o adubo para que tenhamos mais ânimo e olhar serve para lembrar que tudo é válido, pois somos um grupo de pessoas unidos pelo ideal de alimentar a mesma flor. Para isso, temos que acreditar na sua essência e capacidade, e assim, como retorno da natureza, iremos perceber que ao cultivar aquela flor nem nos demos conta da grandeza que nos foi atribuída.

Percebemos que tudo se faz presença eterna nos campos da amizade.

O jardim está cheio de flores com nome de amor e os espinhos são apenas proteção para que nada posso atingir.

Tentamos, cada um com sua semente, fazer crescer uma bela flor forte para que seus frutos possam ser colhidos e saboreados por todos que dele necessitam, estando sempre disponíveis para o partilhar de emoções!!

autoria desconhecida 

Ouvir Profundamente

                             Carl Rogers


Creio que sei por que me é gratificante ouvir alguém. Quando ouço realmente alguém, isso me coloca em contato com ele, isso enriquece minha vida.
Foi ouvindo gente que aprendi tudo o que sei sobre pessoas, sobre personalidade, sobre relações interpessoais.

Há uma outra satisfação especial em ouvir realmente alguém: é como ouvir a música das estrelas, pois por trás da mensagem imediata de uma pessoa, qualquer que seja essa mensagem, há o universal. Escondidas sob as comunicações que realmente ouço, parece haver leis psicológicas ordenadas, aspectos da mesma ordem que encontramos no universo como um todo. Assim, existem ao mesmo tempo a satisfação de ouvir esta pessoa e a satisfação de sentir o próprio eu em contato com uma verdade universal.

Quando digo que gosto de ouvir alguém, estou me referindo evidentemente a uma escuta profunda. Quero dizer que ouço as palavras, os pensamentos, a tonalidade dos sentimentos, o significado pessoal, até mesmo o significado que está abaixo da intenção consciente do interlocutor. Em algumas ocasiões, ouço, na mensagem que superficialmente não é muito importante, um grito humano profundo, desconhecido e enterrado muito abaixo da superfície da pessoa.

Assim, aprendi a me perguntar: sou capaz de ouvir os sons e sentir a forma do mundo inteiro desta outra pessoa? Sou capaz de refletir tão profundamente o que ela está dizendo, a ponto de sentir os significados que ela teme mas gostaria de comunicar, bem como aqueles que ela conhece?

Enfim, Adulto!

                         Celso Machado


Quem acredita, faz.
Tenta, corre riscos, corrige posturas, refaz. Mas segue sempre praticando.
Quem faz, aprende. Percebe com mais clareza, escuta com mais interesse, observa com o sentido de entender. E segue percebendo.
Quem aprende, ensina.
Compartilha experiências, orienta caminhos, transfere conhecimentos, reparte informações.
Porque quem ensina também está sempre alimentando sua própria sabedoria.
E assim segue aprendendo.
Quem ensina, cresce.
Cresce em valor porque só faz sentido quando utilizado em benefício de todos e não como propriedade individual.
Cresce em gentileza, porque a maior riqueza de ensinar é cultivar ideias, gerando frutos bem maiores do que os de onde as sementes foram extraídas.
Até porque a beleza de ensinar é reconhecer que se torna um estímulo para despertar e motivar novos talentos, que vão crescer sempre, buscando novos e maiores.
Quem cresce, acredita mais.
Porque aí a crença não é mais uma esperança, já que se tornou certeza.
A certeza de que só quando acredita é que o homem está verdadeiramente crescido. Adulto para ser gente.
Ser gente para si mesmo, para seus semelhantes.
Enfim, adulto para o mundo!

Reflexões

01- Há pelo menos duas pessoas nesse mundo por quem você morreria;

02- Pelo menos 15 pessoas nesse mundo amam você de algum jeito;

03- A única razão pela qual alguém lhe odiaria é porque ela quer ser exatamente igual a você;

04- Um sorriso seu pode trazer alegria a qualquer um, mesmo se esse alguém não gostar de você;

05- Toda noite, alguém pensa em você antes de dormir;

06- Você é o mundo para alguém;

07- Você é especial e único;

08- Alguém que você nem sabe que existe ama você;

09- Quando você comete o pior erro que pode existir, você sempre aprende algo de bom;

10- Quando você pensa que o mundo virou as costas a você, olhe melhor;

11- Sempre se lembre dos elogios que recebe. Esqueça-se dos comentários ruins;


autoria desconhecida 

Estar Enamorado

                             Francisco Luiz Bernardez


Estar enamorado, amigo, es encontrar el nombre justo de la vida,
Es dar al fin con la palabra que para hacer frente a la muerte se precisa,
Es recobrar la llave oculta que abre la cárcel en que el alma está cautiva,
Es levantarse de la tierra con una fuerza que reclama desde arriba,
Es respirar el ancho viento que por encima de la carne se respira,
Es contemplar desde la cumbre de la persona la razón de las heridas,
Es advertir en unos ojos una mirada verdadera que nos mira,
Es escuchar en una boca la propia voz profundamente repetida,
Es sorprender en unas manos ese calor de la perfecta compañia.

Estar enamorado, amigo, es descubrir dónde se juntan cuerpo y alma,
Es percibir en el desierto la cristalina voz de un río que nos llama,
Es ver el mar desde la torre donde ha quedado prisionero nuestra infancia,
Es apoyar los ojos tristes en un paisaje de cigueñas y campanas,
Es ocupar un territorio donde conviven los perfumes y las armas,
Es dar la ley a cada rosa y al mismo tiempo recibirla de su espada,
Es confundir el sentimiento con una hoguera que del pecho se levanta,
Es gobernar la luz del fuego y al mismo tiempo ser esclavo de la llama,
Es entender la pensativa conversación del corazon y la distancia,
Es encontrar el derrotero que lleva al reino de la musica sin tasa.

Estar enamorado, amigo, es adueñarse de las noches y los días,
Es olvidar entre los dedos enamorados la cabeza distraida,
Es recordar a Garcilaso cuando se siente la canción de una herreria,
Es ir leyendo lo que escriben en el espacio las primeras golondrinas,
Es ver la estrella de la tarde por la ventana de una casa campesina,
Es contemplar un tren que pasa por la montaña con las luces encendidas,
Es comprender perfectamente que no hay fronteras entre el sueño y la vigília,
Es ignorar en qué consiste la diferencia entre la pena y la alegria,
Es escuchar a media noche la vagabunda confesión de la llovizna,
Es divisar en las tiniebles del corazón una pequeña lucecita.

Estar enamorado, amigo, es padecer espacío y tiempo con dulzura,
Es despertarse una mañana con el secreto de las flores y las frutas,
Es libertarse de si mismo y estar unido con las otras criaturas,
Es remontar hasta la fuente las aguas turbias del torrente de la angustia,
Es compartir la luz del mundo y al mismo tiempo compartir su noche obscura,
Es asombrarse y alegrarse de que la luna todavía sea luna,
Es comprobar en cuerpo y alma que la tarea de ser hombre es menos duro,
Es empezar a decir siempre y en adelante no volver a decir nunca,
Y es, además, amigo, estar seguro de tener las manos puras.