domingo, 2 de setembro de 2012

Forjando a Armadura

               Rudolf Steiner

Nego submeter-me ao medo,
Que tira a alegria de minha liberdade,
Que não me deixa arriscar nada,
Que me torna pequeno e mesquinho,
Que me amarra,
Que não me deixa ser direto e franco,
Que me persegue,
Que ocupa negativamente a minha imaginação
Que sempre pinta visões sombrias.

No entanto, não quero levantar barricadas por
medo do medo.

Eu quero viver, não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
 
Quero pisar firme porque estou seguro
E não porque encobri meu medo.

E quando me calo, quero fazê-lo por amor
E não por temer as consequências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo só por medo de acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo
possa atingir-me de perto.

Não quero dobrar-me só porque tenho medo
de não ser amável.

Não quero impor algo aos outros
Pelo medo de que possam impor algo a mim.

Por medo de errar, não quero tornar-me inativo.

Não quero fugir de volta para o velho,
O inaceitável,
Por medo de não me sentir seguro no novo.

Não quero fazer-me de importante porque
 Tenho medo de que senão poderia ser ignorado.

Por convicção e amor, quero fazer
O que faço e deixar de fazer
O que deixo de fazer.

Do medo, quero arrancar o domínio e dá-lo
Ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim.

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