domingo, 5 de dezembro de 2021

Compromisso com a fé

 Qualquer compromisso que se assume impõe deveres que devem ser atendidos, a fim de conseguir-se a desincumbência feliz.

Se te comprometes com a área da cultura sob qualquer aspecto, enfrentas programas e horários, disciplina e atenção, para alcançares a meta pretendida.

Se buscas trabalho e desenvolvimento econômico, arrostas obrigações sucessivas, obediência, ação constante, e através dessa conduta chegarás aos objetivos que anelas.

Se te comprometes com a edificação da família, muitos imperativos se te faz indispensável atender, de forma que o lar se transforme em realidade feliz.

Se aceitas o compromisso social, tens que te submeter a inúmeras condições inadiáveis, para atingires os efeitos ditosos.

Compromisso é vínculo de responsabilidade entre o indivíduo e o objetivo buscado.

Ninguém se pode evadir, sem tombar na irresponsabilidade.

Medem-se a maturidade e a responsabilidade moral do ser através da maneira como ele se desincumbe dos compromissos que assume.

O profissional liberal que enfrenta dificuldades para o desempenho dos compromissos, luta e afadiga-se para bem os atender, mantendo-se consciente e tranquilo.

O operário que aceita o compromisso do trabalho, sejam quais forem as circunstâncias e os desafios, permanece na atividade abraçada até sua conclusão.

Compromisso é luta; é desempenho de dever.

O prazer sempre decorre da honorabilidade com que cada qual se desincumbe da ação.

Em relação à fé religiosa a questão é semelhante.

Quem se apresenta no campo espiritual buscando a iluminação, não tem condição de impor requisitos, mas, aceitá-los conforme são e devem ser seguidos.

Não se trata de um mercado de valores comezinhos, que devem ser leiloados e postos para a disputa dos interesses subalternos.

O compromisso com a fé religiosa é de alta relevância, pois se trata de ensejar a libertação do indivíduo, dos vícios e delitos a que se condicionou, e que o atormentam.

São graves os quesitos da fé religiosa.

Mesmo em se tratando de preservar a liberdade do candidato à fé, ela não modifica os programas que devem ser considerados e aplicados na transformação moral íntima.

Estabelecida a dieta moral, o necessitado de diretriz esforça-se para aplicar, incorporar as lições hauridas no seu cotidiano. Nenhuma modernidade altera as leis da vida, que são imutáveis.

Desse modo, o compromisso com a fé não permite ao indivíduo adaptar a linha direcional da doutrina que busca aos seus hábitos perniciosos e às suas debilidades morais.

E Espiritismo apoia-se moralmente nas lições de Jesus, sendo a sua, a mesma moral vivida e ensinada pelo Mestre.

Adaptar-se essa moral às licenças atuais, aos escapismos éticos em moda, às concessões sentimentais de cada um, constitui grave desconsideração ao excelente conteúdo que viceja no pensamento espírita.

Indispensável que o compromisso com a fé espírita mantenha-se inalterado, sem a incorporação dos modismos perniciosos e perturbadores do momento, assim ensejando a transformação moral para melhor de todos quantos o aceitem em caráter de elevação.

Somente assim, todo aquele que abraça a fé, que luz na Doutrina Espírita, terá condições para vencer estes difíceis dias em paz de consciência, mesmo que sob chuvas de incompreensões e desafios constantes do mal, dos vícios e dos perturbadores.


Texto retirado do livro Momentos Enriquecedores; Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis; Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 2ª Edição, 2015.

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