sábado, 14 de maio de 2022

Recursos Mediúnicos

    A mediunidade é recurso paranormal inerente a todos os homens. Conquista do Espírito através do tempo, melhor se expressa naqueles que mais facilmente se liberam das constrições do instinto, normalmente predominante em a natureza humana.

    Instrumento para o intercâmbio entre as mentes desencarnadas e as criaturas ainda retidas no envoltório físico, varia em sensibilidade de captação e capacidade de filtragem, qual ocorre com as demais faculdades do ser.

    Mais aguçada em uns indivíduos do que em outros, surge, espontaneamente, requerendo educação e estudo para atingir a finalidade a que se destina, como o embrião que espera cuidados e atenção para adquirir segurança, a fim de alcançar a meta que o aguarda.

    As resistências e valores morais do médium lhe constituem a garantia indispensável para o ministério a que se propõe.

    A queda de água em desalinho produz desastres, enquanto que a canalizada gera força e energia.

    A eletricidade, para alcançar o destino que a aguarda, impõe a presença de cabos condutores à altura da sua potência.

    A segurança do edifício depende da estrutura na qual se apoia.

    A perfeição  do equipamento repousa na harmonia e na superior qualidade das suas peças.

    A mediunidade, da mesma forma, necessita de vários e indispensáveis requisitos para produzir com segurança e equilíbrio.

    médiuns e médiuns, que enxameiam por toda parte.

    Conscientemente ou não, sintonizam, por automatismo ou desejo, com as mentes que lhes são afins.

    Porque a população do mundo espiritual seja muito maior do que a do plano físico, os homens sempre se encontram acompanhados por entidades desencarnadas, consoante os compromissos de outras reencarnações ou as tarefas a que ora se vinculam.

    De acordo com a direção mental, as tendências, os hábitos e os interesses humanos, são estabelecidos os vínculos de ligação psíquica e dependência física com os Espíritos.

    Como resultados, encontramos:

    - os médiuns da insensatez e do crime, bem como os medianeiros da esperança e da ordem;

    - os médiuns da perversidade e da alucinação, assim como os portadores da bondade e do equilíbrio;

    - os médiuns dos vícios, escravizados aos tormentos que os ensandecem, assim também os veiculadores da virtude e da previdência;

    - os médiuns da ignorância e da sombra, mas, igualmente, os mensageiros da luz e do conhecimento;

    - os médiuns da ira, da calúnia, do ódio, no entanto, outros que o são do amor, da verdade, da paz...

    Diferem uns dos outros pelo comportamento a que se entregam, tornando-se, portanto, veículos daqueles com os quais estabelecem ligação.

    Identificando, ou não, a presença de recursos mediúnicos em ti mesmo, recorre à oração nos momentos de difícil decisão ou de testemunho, de trabalho ou de repouso.

    Observa-te, tentando conheceres-te em profundidade.

    Procura fixar as tuas características pessoais superiores, eliminando aquelas que se te irrompem intempestivamente, como resultado da própria impulsividade ou de inspiração negativa.

    Recorda-te da invigilância mediúnica de Pedro, que se deixou vencer pelo medo a ponto de negar o Amigo, e da obsessão em Judas, que o levou a trair o Divino Benfeitor, mantendo-te atento e digno, a fim de que as "forças do mal" não te propilam a situações lamentáveis, de que te arrependerás.


Texto retirado do livro Momentos de Coragem; Divaldo Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis; Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 8ª Edição, 2014.

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