quarta-feira, 21 de março de 2012

Sentado à beira do caminho

                            Roberto/Erasmo

Eu não posso mais ficar aqui a esperar
Que um dia, de repente, você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
Estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim
Meu olhar se perde na poeira dessa estrada triste
Onde a tristeza e a saudade de você ainda existem
Esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança
De ao menos ver de perto o seu olhar que eu trago na lembrança

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo

Vem a chuva e molha o meu rosto e então eu choro tanto
Minhas lágrimas e os pingos dessa chuva
Se confundem com meu pranto
Olho pra mim mesmo, me procuro e não encontro nada
Sou um pobre resto de esperança à beira de uma estrada

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo

Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo, tudo
Se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha 
E vê que eu estou morrendo lentamente
Só você não vê que eu não posso mais ficar aqui sozinho
Esperando a vida inteira por você
Sentado à beira do caminho

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo

Esta música já é um clássico da MPB; gosto de todas as gravações feitas até hoje (que eu conheço).
Retirei do CD Na Ponta da Língua, de Leila Pinheiro, gravado em 1998. A gravação original é a da dupla de autores em um belo dueto. Além da Leila, outras cantoras também regravaram lindamente a canção: Rosana, Wanderléa e, recentemente, Zizi Possi em um dos DVD's comemorativos dos seus 30 anos de carreira intitulado Cantos e Contos.


ela é um recado...

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