terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Como fazíamos sem... Asfalto

 Animais fizeram primeiro piso de estradas


As primeiras vias foram feitas por animais de manada, como búfalos, zebras e elefantes. Era sobre essas trilhas que os homens pré-históricos caminhavam, evitando topadas, escorregões ou pisar em cobras escondidas na vegetação. Em Ur, no atual Iraque, surgiram as primeiras estradas parecidas com as que conhecemos, em 4 mil a.C. Eram feitas com calçamento de pedra.

Os romanos foram os maiores empreiteiros: abriram mais de 85 mil km de estradas. Sim, "todos os caminhos levavam à Roma". Vinte e nove grandes vias convergiam para a capital. Na Ásia, chineses e persas competiam com um sistema quase tão avançado. O motivo era principalmente bélico: impérios precisavam deslocar grandes exércitos. Mesmo assim, até o século 18 essas vias eram cheias de buracos e irregularidades. A pavimentação era feita com blocos de pedra ou madeira, tijolos, cascalho e areia, com água para dar liga.

O engenheiro John Metcalfe modernizou o processo de construção de estradas e, apesar de cego, pavimentou quase 290 km ao longo da cerreira. Em 1787, seu compatriota John McAdam desenvolveu um método que consistia em usar uma camada de peças de pedra quebrada e compactada coberta por uma superfície de pedregulhos menores. Era mais barato, mas retinha água da chuva e sujeira, como excrementos de cavalos. Baudelaire, ao falar sobre as ruas de Paris, menciona o "lodaçal de macadame" com repugnância.

O asfalto, uma substância natural também chamado de betume, é usado pelo homem desde 3 mil a.C., especialmente para vedação. Em 1824, a Avenida Champs-Elysées, em Paris, foi uma das pioneiras no uso do asfalto no solo - misturado com pedras e agregadores que se solidificavam como se fosse blocos de concreto. Um cruzamento do macadame com o betume. As estradas francesas também passaram a usar esses blocos como revestimento. O asfalto recebeu impulso final em 1896, quando New York passou a usá-lo como padrão de cobertura em suas ruas.


Texto sem autoria identificada e retirado da revista Aventuras na História, Ano 12, número 3, Edição 139, Fevereiro de 2015, Editora Caras, São Paulo.

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