sábado, 3 de setembro de 2022

Uso da Palavra

    A palavra é emissão do pensamento que se verbaliza, portadora do conteúdo mental, que busca  alcançar um fim. 

    Mesmo quando procura dissimular os sentimentos íntimos, é veículo de alta carga vibratória que a desvela.

    O seu uso correto faz que se torne instrumento de grande poder, favorecendo quem a explicita.

    Quando carregada de sinceridade e fé, age como onda vibratória que estiola as forças negativas que envolvem o indivíduo, promovendo as aspirações de que se reveste.

    Se portadora de pessimismo, dúvida e acusações, atrai por sintonia mental enfermidades, sombras e malquerenças, que terminam por vencer aquele que a exterioriza.

    A educação da vontade contribui de maneira especial para o exercício feliz da palavra.

    Falar, sem pensar, é ato comum, automático.

    Pensar, antes de falar, resulta da conquista dos valores morais e espirituais que dignificam o homem.

    A palavra é semente que se deposita no solo das vidas.

    Conforme a sua qualidade, ressurge em colheita de frutos que serão portadores de paz ou desgraça.

    A sementeira, portanto, deve ser realizada de forma consciente, com os olhos postos no futuro.

    Quando se silencia uma palavra infeliz, ela permanece subjugada; porém, se expressa, faz-se verdugo implacável.

    Falar é uma ciência e uma arte.

    Ciência, porque deve ser sempre mensageira de sabedoria de amor, portadora de fé. E arte, porque se deve revestir da correspondente modulação ao que informa.

    Estabeleceu-se como correto, na arte da palavra, "que nem sempre é o que se diz, mas como se diz", que provoca a reação do ouvinte.

    Assim, coloca a dose de emoção correta no teu verbo, de modo a torná-lo objetivo, claro e saudável.

    Fala, emitindo ondas positivas, afirmações sinceras, com correspondente carga de amizade.

    Diante de uma situação negativa, não faças coro geral, com palavras rudes, pejorativas, portadoras de azedume e ira.

    Além de não resolverem a ocorrência e desequilíbrio.

    A palavra apaixonada pelo mal tem sido responsável por guerras lamentáveis, assim como aquela, que se faz mensageira de compreensão e lucidez, tem podido intermediar e conseguir a paz.

    A palavra propele ao trabalho, à ação do bem, ou à revolta, à indolência, à injustiça.

    A palavra é uma flecha que, disparada, não mais pode ser detida, alcançando o alvo.

    Tem cuidado com ela.

    Falando, Jesus alterou completamente a filosofia existencial, então vigente na Sua pátria, e abriu as fronteiras da esperança de felicidade para as criaturas de todos os tempos futuros.


Retirado do livro Momentos de Alegria; Divaldo Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 2014, 4ª Edição.

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