sexta-feira, 1 de junho de 2012

Via Láctea

              Olavo Bilac

" Ora (direis) ouvir estrelas! certo
Perdeste o senso! " Eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálido aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: " Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo? "

E eu vos direi: " Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas. "

Trem Fantasma

                   Moacyr Scliar

Afinal se confirmou: era leucemia mesmo, a doença de Matias, e a mãe dele mandou me chamar. Chorando, disse-me que o maior desejo de Matias sempre fora passear de Trem Fantasma; ela queria satisfazê-lo agora, e contava comigo. Matias tinha nove anos. Eu, dez. Cocei a cabeça.

Não se poderia levá-lo ao parque onde funcionava o Trem Fantasma. Teríamos de fazer uma improvisação na própria casa, um antigo palacete nos Moinhos de Vento, de móveis escuros e cortinas de veludo cor de vinho. A mãe de Matias deu-me dinheiro; fui ao parque e andei de Trem Fantasma. Várias vezes. E escrevi tudo num papel, tal como escrevo agora. Fiz também um esquema. De posse destes dados, organizamos o Trem Fantasma.

A sessão teve lugar a três de julho de 1956, às vinte e uma horas. O minuano assobiava entre as árvores, mas a casa estava silenciosa. Acordamos o Matias. Tremia de frio. A mãe o envolveu em cobertores. Com todo cuidado colocamo-lo num carrinho de bebê. Cabia de tão mirrado estava. Levei-o até o vestíbulo da entrada e ali ficamos, sobre o piso de mármore, à espera.

As luzes se apagaram. Era o sinal. Empurrando o carrinho, precipitei-me a toda velocidade pelo longo corredor. A porta do salão se abriu; entrei por ela. Ali estava a mãe de Matias, disfarçada de bruxa (grossa maquilagem vermelha. Olhos pintados, arregalados. Vestes negras. Sobre o ombro uma coruja empalhada. Invocava deuses malignos).

Dei duas voltas pelo salão, perseguido pela mulher. Matias gritava de susto e prazer. Voltei ao corredor.

Outra porta se abriu - a do banheiro, um velho banheiro com vasos de samambaias e torneiras de bronze polido. Suspenso no chuveiro estava o pai de Matias, enforcado, língua de fora, rosto arroxeado. Saindo dali entrei num quarto de dormir onde estava o irmão de Matias, como esqueleto (sobre o tórax magro, costelas pintadas com tintas fosforescentes; nas mãos, uma corrente enferrujada). Já o gabinete nos revelou as duas irmãs de Matias, apunhaladas (facas enterradas nos peitos; rostos lambuzados de sangue de galinha. Uma estertorava).

Assim era o Trem Fantasma, em 1956.

Matias estava exausto. O irmão tirou-o do carrinho e, com todo o cuidado, colocou-o na cama.

Os pais choravam baixinho. A mãe quis me dar dinheiro. Não aceitei. Corri para casa.

Matias morreu algumas semanas depois. Não me lembro de ter andado de Trem Fantasma desde então.

Eco e Narciso

Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem pensar. Não conseguia ouvir em silêncio quando alguém estava falando. Sempre se intrometia e interrompia, nem que fosse para concordar e repetir o que o  outro dizia. Um dia, fez isso com a ciumenta deusa Juno (Hera), quando ela andava pelos bosques furiosa, procurando o marido Júpiter (Zeus), que brincava com as ninfas. A tagarelice de Eco atrasou a poderosa Juno (Hera), que resolveu:

- De agora em diante, sua língua só vai servir para o mínimo possível.

E a partir desse dia, a coitada da Eco só podia mesmo repetir as últimas palavras do que alguém dissesse. Sua voz deixou de expressar suas próprias palavras.

Por isso, algum tempo depois, quando ela viu um rapaz belíssimo e se apaixonou por ele, tratou de ir atrás sem dizer  nada, em silêncio. Esse rapaz se chamava Narciso e dizem que foi o homem mais bonito e deslumbrante que já existiu. Todo mundo se enamorava dele, que nem ligava.

Eco ficou louca por Narciso e o seguiu por toda parte. Bem que tinha vontade de se aproximar e confessar seu amor, mas não tinha mais sua própria fala, não podia enunciar seus pensamentos e sentimentos... Só lhe restava ficar escondida, por perto, esperando que ele dissesse alguma coisa que ela pudesse repetir.

Um dia, o belo Narciso estava passeando no bosque com uns amigos, mas se perdeu do grupo e não conseguiu encontrá-los. Começou a chamar:

- Tem alguém aqui?

Era a chance da ninfa! E ela logo respondeu, ainda escondida:

- Aqui! Aqui!

Espantado, Narciso olhou em volta e não viu ninguém.

Chamou:

- Vem cá!

Ela repetiu:

- Vem cá! Vem cá!

Não vendo ninguém, ele perguntou:

- Por que me evita?

- Por que me evita? - foi a única resposta que ouviu.

O rapaz não desistiu:

- Vamos nos encontrar...

Toda feliz, Eco saiu do meio das árvores e correu para abraçá-lo, repetindo:

- Vamos nos encontrar...

Mas ele fugiu dela, gritando:

- Pare com isso! Prefiro morrer a deixar que você me toque!

A pobre Eco só podia repetir:

- Que você me toque... que você me toque...

E saiu correndo, triste e envergonhada, para se esconder no fundo de uma caverna. Sofreu tanto com essa dor de amor, que foi emagrecendo, definhando, até perder o corpo, desaparecer por completo e ficar reduzida apenas a uma voz, repetindo as palavras dos outros - isso que nós chamamos de eco.

Narciso continuou sua vida, sempre da mesma maneira. Sem ligar para ninguém, nunca se importando com os outros, brincando com o sentimento alheio. Até que alguém, que ele fez sofrer muito, rezou para Nêmesis, a deusa do Destino, e pediu:

- Que ele possa amar alguém tanto como nós o amamos! E que também seja impossível que ele conquiste seu amor!

Nêmesis ouviu essa oração. Achou que era justa e resolveu atender ao pedido.

Havia no fundo do bosque um laguinho de águas cristalinas e tranquilas, onde nunca vinha um animal beber água e não caíam folhas ou galhos secos - um verdadeiro espelho. Era cercado por uma grama verdinha e macia. Um lugar muito fresco e gostosíssimo. Um dia, no meio de uma caçada, Narciso passou por ali. Com sede, resolveu tomar um pouco d'água. Deitado na margem, com a cabeça debruçada sobre o lago, ficou encantado pelo belíssimo reflexo que via. Nunca tinha se visto num espelho e não sabia que era a sua própria imagem. Mas imediatamente se apaixonou, maravilhado por tanta beleza. Ficou ali parado, contemplando aquele rosto mais bonito do que o de qualquer estátua de mármore que jamais vira. Suspirava, extasiado diante daqueles olhos brilhantes como estrelas. Admirava o pescoço elegante, o rosto adorável, os cachos abundantes do cabelo, emoldurando um rosto de proporções perfeitas e feições incomparáveis. Nem mesmo um deus poderia ser tão belo!

Os amigos apareceram para procurá-lo, mas ele não deu atenção. Chamaram-no para ir embora, mas ele ficou. Olhando o reflexo no lago.

Quando sorria, aquela criatura divina lhe sorria ao mesmo tempo. Quando aproximava os lábios da superfície, via que o outro rosto também chegava mais perto, preparando um beijo. Mas, ao se tocarem, o outro sumia e só ficava a água. Mergulhou os braços na água, tentando puxar para si aquele pescoço, trazer aquele corpo para seu abraço. Mas tudo se dissolvia.

Muito tempo Narciso ficou ali, sem comer nem dormir, admirando aquele ser por quem estava tão apaixonado. Chorou - e suas lágrimas caíram sobre a imagem, que chorava com ele, e ficou turva.

- Ai de mim! - gemia ele.

A única resposta que tinha era de Eco, sempre escondida:

- Ai de mim!

Consumindo-se de amor, sem conseguir sair dali, Narciso ficou desesperado, rasgou as vestes, se arranhou todo, puxou os próprios cabelos, Na água, a imagem fazia o mesmo. Mas ele não podia agarrá-la. Nem tinha forças para prestar atenção em mais nada que não fosse aquele rosto refletido no lago.

Desinteressado de tudo, cada vez mais fascinado por si mesmo, foi definhando. Ao perceber que ia morrer, suspirou:

- Adeus!

Fechou os olhos, deixou cair a cabeça sobre a grama. Na água, o rosto sumiu. Só Eco respondeu:

- Adeus!

Mais tarde, os amigos voltaram. Mas já o encontraram morto. Prepararam tudo para o funeral, e, quando vieram pegar o corpo, ele não estava mais lá. Em seu lugar nascera uma flor perfumada e linda, com uma estrela de pétalas brancas em volta de um miolo amarelo. Para sempre chamada de narciso.

do livro Clássicos da Verdade: Mitos e lendas greco-romanos.

domingo, 27 de maio de 2012

Canção para os fonemas da alegria

                Thiago de Mello


Peço licença para algumas coisas.
Primeiramente para desfraldar
este canto de amor publicamente.

Sucede que só sei dizer amor
quando reparto o ramo azul de estrelas
que em meu peito floresce de menino.

Peço licença para soletrar,
no alfabeto do sol pernambucano,
a palavra ti-jo-lo, por exemplo,

e poder ver que dentro dela vivem
paredes, aconchegos e janelas,
e descobrir que todos os fonemas

são mágicos sinais que vão se abrindo,
constelação de girassóis gerando
em círculos de amor que de repente
estalam como flor no chão da casa.

Às vezes nem há casa: é só o chão.
Mas sobre o chão quem reina agora é
um homem diferente
que acaba de nascer:

porque unindo pedaços de palavras
aos poucos vai unindo argila e orvalho,
tristeza e pão, cambão e beija-flor,

e acaba por unir a própria vida
no seu peito partida e repartida
quando afinal descobre num clarão

que o mundo é seu também, que o seu trabalho
não é a pena que paga por ser homem,
mas um modo de amar - e de ajudar
o mundo a ser melhor.

Peço licença
para avisar que, ao gosto de Jesus,
este homem renascido é um homem novo:

ele atravessa os campos espalhando
a boa-nova e chama os companheiros
a pelejar no limpo, fronte a fronte,

contra o bicho de quatrocentos anos,
mas cujo fel espesso não resiste
a quarenta horas de total ternura.

Peço licença para terminar
soletrando a canção da rebeldia
que existe nos fonemas da alegria:

canção de amor geral que eu vi crescer
nos olhos do homem que aprendeu a ler.

Virgínia

           Anna Toledo


Eu passava por ali várias vezes
Nunca reparei no seu olhar
Nunca percebi o seu perfume
Nem como era doce o seu jeito de falar
Mesmo assim ela insistia em forjar
candidamente um devaneio
Pois supunha que ficava irresistível
E que todos só fingiam não notar

Quem tocou ou beijou Virgínia
Nunca disse nada demais
Uns achavam que ela era bonita
Uns achavam que ela era estranha
Uns achavam que ela era gozada
E uns não achavam nada

Ela estudou comigo no cursinho
Encontrei ela alguma vez num bar
Ela passava e não dizia nada
E eu nunca achei que devesse falar
Às vezes ela sorria
Como se tomada por algum delírio
Concedendo a nós, mortais,
o tal segredo
Que só ela parecia dominar

A sua foto no jornal de ontem
Olhando bem nada me fez pensar
Eu podia dizer que ela tá linda
Ou que ela é muito nova pra casar
Mas minha alma vazia
Não preenche seu deserto com sorrisos
E o jornal além da foto não diz nada
E o sorriso nada tem a acrescentar

Música do CD Viva da cantora Anna Toledo gravado em 1999.

No Mundo das Letras

                  Moacyr Scliar


Vem à livraria nas horas de maior movimento, mas isso, já se sabe, é de propósito: facilita-lhe o trabalho.

Rouba livros. Faz isso há muitos anos, desde a infância, praticamente. Começou roubando um texto escolar que precisava para o colégio; foi tão fácil que gostou; e passou a roubar romances de aventura, livros de ficção científica, textos sobre arte, política, ciência, economia. Aperfeiçoou tanto a técnica que chegava a furtar quatro, cinco livros de uma vez. Roubou livros em todas as cidades por onde passou. Em Londres, uma vez, quase o pegaram; um incidente que recorda com divertida emoção.

No início, lia os livros que roubava. Depois, a leitura deixou de lhe interessar. A coisa era roubar por roubar, por amor à arte; dava os livros de presente ou simplesmente os jogava fora. Mas cada vez tinha menos tempo para ir às livrarias; os negócios o absorviam demais. Além disso, não podia, como empresário correr o risco de um flagrante. Um problema - que ele resolveu como resolve todos os problemas, com argúcia, com arrojo, com imaginação.

Zás! Acabou de surrupiar um. Nada de espetacular nessa operação: simplesmente pegou um pequeno livro e o enfiou no bolso. Olha para os lados; aparentemente ninguém notou nada. Cumprimenta-me e se vai.

Um minuto depois retorna. Como é que me saí, pergunta, não sem ansiedade. Perfeito, respondo, e ele sorri, agradecido. O que me deixa satisfeito; elogiá-lo é não apenas um ato de compaixão, é também uma medida de prudência. Afinal, ele é o dono da livraria.

Meus Livros

                Ana Miranda


Existe em minha cabeça uma estranha geografia que se refere ao mundo em torno de mim, um mundo físico mas de significados infinitos, essa geografia surgiu do meu hábito de viver trancado com meus livros, esses livros dispostos numa serena ordem um ao lado do outro representam a minha mente como um mapa a um país, se fecho os olhos as prateleiras de livros se acendem dentro de minha cabeça como se minha cabeça fosse também um aposento forrado de estantes de livros em que cada um deles é uma porta para um mundo, todos são posicionados de acordo com um sistema lógico, se me recordo de um desses livros meu olhar vai diretamente ao lugar em que se encontra, raras vezes algum se perde mas quando acontece caio numa espécie de desespero, basta olhar à distância um deles para receber sua influência, uma secreta ligação, feito as ondas do mar em relação à lua, às vezes sinto um apelo irresistível como se um deles me chamasse e, seja quando for, levanto da cadeira, retiro o livro da estante e folheio para ouvir o que tem a dizer, esses livros determinam meus sentimentos, meu entendimento do mundo, são o mapa de minha alma, cada um representa uma região, um lugar onde estive e onde ainda estou, há entre eles os meus preferidos, ficam separados numa das prateleiras, rabiscados desde a primeira página, onde se encontram palavras manuscritas, lembranças, ideias, pétalas secas, madeixas, preces, são meus livros, mas tenho sempre a sensação de que não me pertencem, sou dono deles mas apenas uma pequena e frágil conexão entre um e outro, vivo trancado numa sala onde livros vivos sorriem, choram, zombam, ensinam, atraiçoam, respiram, livros que passam de papel para papel, às vezes sou tomado de uma tristeza por não saber o que lhes acontecerá depois da minha morte, mas sei que eles, como as pessoas, têm seu destino, alguns meu filho levará, outros, um neto, outros ainda serão vendidos num sebo, com meu nome, bilhetes, segredos, receitas, folhas de outono, gotas de café, que tornarão triste um leitor sensível, os demais deixarei de lembrança para amigos, mas todos existirão mais do que eu, uns existirão eternamente.

Filho

               Ana Miranda


Meu filho diz que vai embora, isso me perturba, vejo minhas mãos ainda sujas de leite, nem sei que conselhos dar, Não peça nada a ninguém, ou, Engraxe os sapatos, por que temos de perder tudo o que criamos? pobre filho, teve uma mãe destrambelhada, ficou só no mundo para fazer de si um homem, nem mesmo tive paciência para o ajudar no dever de casa, nem tentei explicar-lhe como desfazer um nó, quantas vezes adormeci antes dele ou lhe dei mingau queimado, ele teve de suportar a minha instabilidade, as mudanças de estado de espírito, as mudanças de trabalho, de casa, quando nos mudamos pela primeira vez ele disse chorando enquanto arrumava suas malas que nunca mais faria amigos que viveria solitário e casmurro e nunca mais iria sorrir, o burro-sem-rabo levou nossas poucas coisas amarradas, uma caixa de livros, uma cesta de panelas, pratos e talheres, alguns lençóis, um espelho que foi de minha avó, uma poltrona rasgada, um baú de brinquedos, um fogão enferrujado, num dia de domingo, enquanto eu puxava meu filho pela mão, mas um ano depois, ou melhor, após um ano amuado a trancado em casa ele encontrou um menino na portaria do edifício, o filho do porteiro, um menino de olhos verdes, e travaram amizade, voltou à vida normal de criança, jogava bola no pátio, fez outros amigos, mas precisei mudar novamente, arrastando-o pela mão atrás do burro-sem-rabo, um quadro de paisagem marinha, um abajur de renda, uma coleção de bolas de gude, os nossos bens amarrados com corda, suas lágrimas queimando meu peito, mas eu nada podia fazer, era irresistível, tudo já havia mudado dentro de mim e a casa não me servia mais, numa das vezes ele ficou um ano sem desfazer as malas, sem abrir o baú de brinquedos, seu prazo de ressentimento era de um ano, um ano depois ele desfez as malas e retirou as roupas amarfanhadas, pendurou nos cabides  vazios, encheu as gavetas empoeiradas e foi para a sala com seus olhos redondos e um olhar inquiridor, prometi que não mudaria nunca mais, mas eu não podia suportar mais as casas acabadas, Não gaste sua coleção de moedas, digo quando ele abre a porta e um vento frio se precipita sobre mim.

domingo, 20 de maio de 2012

Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor

                     Lô Borges/Márcio Borges


Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e, antes de entrar,
Revi a vida inteira.
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois,
Sinais de bem, desejos de cais
Pequenos fragmentos de luz
Falar da cor dos temporais
de céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem, do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá, sempre a rodar
Em cima dele, tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer o sonho acontecer
Pensei no tempo, e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora, o dia já clareou...
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá, sempre a rodar.

Música que abre o segundo CD da cantora Bruna Caran intitulado Feriado Pessoal lançado em 2009.

Calma Aí

             Monique Kessous


Calma aí, peraí
Não espere tanto desse amor
Outra vez, sem sentir
Corro para os braços que me largam
Na tristeza de sentir tanta solidão
Acompanhada por aí de tanto amor pra dar
Não vou mais chorar
Não quero dizer mais nada de mal
Olha aqui, meu amor
Não se esqueça nunca que eu tentei
Sem rancor, sem mentir
Sempre fiz aquilo tudo que te prometi

Meu amor, foi tanto amor
Que eu quis que fosse eterno até morrer
Mas sei que foi enquanto em mim durou
Talvez nós dois sejamos um
É fato que se consolidará
Um novo amor, o nosso amor, amor

Música do segundo CD da cantora Monique Kessous lançado em 2010.