nos inconfessáveis artifícios da luz?
Arquitetando nossos rostos e cenários
ora graves, ora em expansão como uma maré
de agosto, a todo momento somos vítimas
do entrelaçado jogo dos reflexos que nunca
compactua com a demarcação da realidade.
Enquanto na sombra o que somos
se evidencia mais claramente, nítido
se norteia o rumo das certezas e em nós
nenhum receio de não captar as fronteiras
das revelações. Tudo se mostra e se expõe
numa disposição de linhas inalteráveis
como na pauta a simbologia de uma canção.
Ciranda recifense
e outras canções
Poema de Bartyra Soares retirado do livro "Arquitetura da Luz", Editora Baraúna, Recife, 2004.
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