Depois de uma viagem
pelo espaço sideral,
o astronauta chegou
ao seu destino final:
Um planeta diferente
cujo em-cima estava em-baixo
e o atrás ficava na frente.
Um planeta tão estranho
que a sujeira era limpa
e a água tomava banho.
Um planeta mesmo louco
onde o muito era nada
e o tudo muito pouco.
Um planeta dos mais raros:
o seu ouro era de graça,
o lixo custava caro.
O astronauta não gostou
e foi-se embora. Quando
pensou estar muito longe,
viu-se outra vez chegando
num planeta onde, aliás,
o em-baixo ficava em-cima
e o frente estava por trás...
Poema de José Paulo Paes retirado do livro Palavras de Encantamento, da série Literatura em minha casa - Volume 1 - Poesias, Editora Moderna, São Paulo, 2001.
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