sábado, 27 de agosto de 2022

Questão de Consciência

    A consciência da culpa torna-se azorrague de lamentável aflição para quem delinque, constituindo presença indesejável na vida irregular.

    Todos os homens com mediana capacidade de discernimento sabem como se devem conduzir e quais os mecanismos corretos de que se podem utilizar, a fim de lobrigarem êxito nos tentames de uma existência sadia.

    O erro, que é fator para a aprendizagem, ensinando a melhor metodologia para a fixação do acerto, na área do comportamento moral, assume papel preponderante, gerando consequências de breve ou longo curso, conforme a ação negativa desencadeada.

    Na Terra, em face dos compromissos ético-sociais que impõem a aparência, não raro em detrimento da realidade, aquela exige que os indivíduos se permitam duas condutas: a que se aceita e aquela que se vive na intimidade do ser.

    Tal atitude desencadeia distúrbios emocionais que se transformam em processos de alienação mental e comportamental infelizes.

    Não suportando a carga da dicotomia emocional que se impõe, o indivíduo foge pelos episódios neuróticos, jugulando-se a patologias que o tempo agrava, caso não se permita a necessária terapia e a mudança de ação moral.

    Fora do corpo, a questão da consciência da culpa assume proporções mais graves, tomando aspectos mais infelizes.

    A impossibilidade que experimenta o culpado de dissimular o delito, e a presença da sua vítima inocente, que o não acusa em momento nenhum, quando é nobre e elevada, tornam-se-lhe um tormento inominável.

    Se, todavia, estagia no mesmo padrão de conduta e é incapaz de compreender e perdoar, ei-la transformada em cobrador implacável, iniciando-se o processo de obsessão cruel, que se alongará na carne futura que o calceta busca a fim de esquecer e reabilitar-se...

    Age corretamente sempre.

    Não te anestesies com os vapores do erro moral ou de qualquer outra procedência.

    Sofre hoje a falta, de modo a não padeceres longamente, mais tarde, o que usaste de forma indevida.

    O júbilo de poucos momentos não vale o remorso de muito tempo.

    Felicidade sem renúncia é capricho dourado que se converte em pesadelo.

    Tudo passa!

    Eis que o tempo, na sucessão das horas, conceder-te-á em paz o que agora te falta, durante o conflito.

    Tem a paciência e persevera no Bem, na retidão.

    As Leis de Deus encontram-se registradas na consciência humana, para que saibamos como agir, para que agir e por que agir sempre de maneira melhor para todos.

    Assim, não te comprometas com o mal, o crime, o vício, liberando-te da culpa por antecipação.

    Tal atitude será, na tua felicidade, uma questão de consciência.


Retirado do livro Momentos de Meditação; Divaldo Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis; Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 2014, 3ª Edição.

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