A ideia de que todo idioma empobrece e degenera com o tempo ganhou apelo no século 19, quando cientistas passaram a crer que línguas antigas estavam num estágio avançado de desenvolvimento se comparadas às modernas. O estudo da estrutura das línguas mostrou que tal ideia não tem fundamento. A mudança linguística não representa degeneração ou melhoria, mas um processo pelo qual as línguas passam de um estado de organização a outro. Altera-se o modo como o sistema se configura, mas a organização não deixa de existir. As línguas não decaem nem progridem. Mudam.
Mitos Ideológicos, 100 Mitos, texto de Luiz Costa Pereira Júnior retirado da revista Língua Portuguesa, Ano 9, número 100, Fevereiro de 2014, Editora Segmento, São Paulo.
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