A terra nova era um paraíso
O milho alto e os rios puros
Dormia o ouro
A cobiça ausente
Era o índio senhor do continente.
Foram chegando os conquistadores,
Os africanos e os aventureiros.
O índio altivo se mesclou ao escravo
Nascia um novo tipo americano.
O interesse fabricou carimbos,
O ódio à toa levantou paredes
A baioneta desenhou fronteiras,
A estupidez nos separou em bandeiras.
Tenho um filho desta terra,
Foi um amor sem passaporte,
Se o estar foi brasileiro,
Não me chames de estrangeiro.
Cada pedra, cada rua
Tem um toque de imigrantes
Levantaram com seus sonhos
Um país que não tem donos.
O suor fecunda o solo
E a semente não pergunta
Brasileiro ou imigrante
Só o fruto é importante
Não me sintas forasteiro
Não me inventes geografias
Sou tua raça
Sou teu povo
Sou teu irmão no dia-a-dia
canção do repertório do grupo Raíces de América.
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