17 novembro 2025

Mitologia e Simbologia de Escorpião

Todos os signos do Zodíaco correspondem a uma lenda mitológica muito bonita que teve sua origem em tempos muito antigos.

Os deuses gregos possuíam todas as fraquezas humanas e, da mesma forma que os deuses, eram sensuais e ambiciosos como os homens, seus pais e mães, eram possessivos e dominadores como os pais e mães humanos.

Existem duas histórias mitológicas correspondentes, por um lado a Escorpião e por outro lado a Marte, que era o regente deste signo na antiguidade.

Existem várias versões lendárias, mas aconteceu mais ou menos assim:

Em uma versão, Netuno apaixonou-se por Euríale, filha do rei Minus e dela teve uma filho que chamou-se Órion.

Órion tinha três características que o distinguiam do resto dos mortais: possuía uma extraordinária habilidade como caçador, era dotado de uma beleza incomum e tinha uma estatura gigantesca.

O gigante Órion era tão grande que as lendas contam que quando caminhava sua cabeça atingia as nuvens.

Órion morreu vítima de uma flecha perdida lançada por Diana em uma competição com seu irmão Apolo.

Visto que Diana era apaixonada por Órion, que não correspondia a seu amor por amar Aurora, muitos afirmam que ela o teria matado intencionalmente por ciúmes.

Seja como for, Órion foi imortalizado entre as estrelas numa das maiores e mais belas constelações existentes, que o brasileiro está acostumado a identificar facilmente graças às "Três Marias", agrupamento de estrelas que forma o "Cinturão de Órion".

Em outra versão, Júpiter e Netuno foram recebidos de forma hospitaleira por um camponês, que os recebeu em sua modesta casa sem saber que eram deuses.

Como paga pela acolhida, os deuses presentearam o lavrador com um bebê, surgido do nada sobre uma pele de ovelha.

Uma das versões da vingança de Diana está relacionada com o escorpião e se passa mais ou menos assim:

Da relação entre Júpiter e Latona, filha de um dos Titãs, nasceu um casal de gêmeos, Diana (a Lua) e seu irmão Apolo (o Sol).

Diana teria nascido uns instantes antes de seu irmão testemunhando as dores sofridas por sua mãe.

Apavorada diante da perspectiva de passar pelo mesmo sofrimento não considerou a felicidade da maternidade que transcende todas as dores e covardemente pediu a Júpiter que lhe desse a graça de permanecer eternamente virgem.

Apesar do voto de castidade, quando adulta Diana se apaixonou algumas vezes, em uma delas foi pelo caçador Órion, mas, castigo do destino, jamais foi correspondida por ele.

Órion já havia sido conquistado por Aurora, que era muito formosa e assim se chamava porque abria as portas do céu para o surgimento do carro do Sol todas as manhãs.

Não sendo correspondida, Diana tomada de ciúmes, inventou uma história complicada em que ela tivera seu véu tocado pelas mãos impuras do caçador e resolveu matá-lo pela audácia.

Incumbiu dessa missão o escorpião, que mordeu Órion e o matou através de dores terríveis.

Mais tarde, Diana teria se arrependido e implorado ao pai que perpetuasse nos céus seu amado e o inseto que realizara sua perfídia.

Órion foi imortalizado em sua constelação. O escorpião na constelação que leva esse nome e o fiel cão de caça de Órion na constelação do Cão Maior.

Devido a essas lendas, atribui-se ao signo de Escorpião a vingatividade, o ciúme e a motivação sexual como impulso determinante de atitudes impensadas.

Evidentemente tais avaliações são excessivamente maniqueístas e muitos outros fatores astrológicos teriam que ser considerados antes de afirmativas desse nível.


Marte

Da união de Júpiter com sua irmã gêmea Juno, nasceu Marte o deus da guerra.

Marte teve como seu mestre na arte marcial Príapo, filho da ninfa Naias.

Como deus da guerra, envolveu-se em inúmeras batalhas, sempre acompanhando Eris (a discórdia), Ênio e Queres (divindades do morticínio e do genocídio) e Ago (divindade do combate).

De seu amor por Vênus, Marte gerou Deimos e Fobos (o terror e o medo), que também o acompanhavam em suas batalhas.

Uma das esposas de Marte era Belona, uma mulher monstruosa que tinha serpentes no lugar dos cabelos e que atrelava e conduzia seu carro de batalha.

Dizem que a deusa Fama seguia sempre o carro de Marte em suas batalhas, e tocando sua trombeta chamava a vitória ou a derrota.

Conta-se também que apenas a vitória atendia aos chamados de Fama quando se tratava de batalhas travadas por Júpiter.

Marte teve outros filhos com Vênus, Eros (o amor) e Anteros (o anti-amor ou o ódio).

Marte era adorado entre os gregos e romanos.

Os gregos lhe consagraram o rochedo vizinho a acrópole de Atenas, também chamado Aeropago.

Os romanos acreditavam ser descendentes diretos de Marte, que teria gerado Rômulo e Remo (os fundadores de Roma) em um relacionamento que teve com Sílvia.

Grandes templos foram erguidos em sua homenagem quando os césares passaram a acreditar serem deuses e merecer a proteção especial de Marte.


Texto retirado do livro Escorpião, de Loreley Somma e Marco Natali, Coleção Astral, Ediouro/Editora Tecnoprint S.A., São Paulo, 1986.

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