16 novembro 2025

Um Esclarecimento

Por que a Astrologia, sendo tão antiga, é tão atual e de tanta utilidade hoje?

A Astrologia, a linguagem dos astros, estuda o Zodíaco e seu conjunto de símbolos há mais de 6.000 anos. Documentos históricos atestam que esse conhecimento milenar acompanhou boa parte das civilizações que povoaram a Terra desde a aurora dos tempos. Há uma série de estudos e livros especializados que trazem, em detalhes, todos esses referenciais.

Sabe-se que sumerianos, caldeus, assírios, judeus, egípcios, os povos do Extremo Oriente, incas, astecas, gregos e romanos já conheciam e interpretavam essa linguagem, a mais antiga de que se tem notícia.

A Astrologia não tem a pretensão de oferecer todas as respostas, nem tenta explicar todos os eventos, mas orgulha-se de reunir um dos maiores acervos de conhecimento de que o homem dispõe para melhorar sua qualidade de vida.

Ela não nega o livre-arbítrio, nem prega o determinismo. O homem é livre para fazer suas escolhas dentro do mundo condicionado em que vive. Sempre pode escolher em qual polaridade prefere viver tentar ou pelo menos procurar decifrar qual a mensagem contida nos fatos da vida.

Entre os vários ramos do conhecimento, a Astrologia conseguiu uma façanha única: mantém-se viva, atuante, e há séculos vem prestando serviços à humanidade. Os ensinamentos astrológicos atravessaram todas as fases históricas com sucesso, porque constituem um verdadeiro "manual de instruções" para uma vida melhor.

Mesmo com toda essa bagagem e tradição, ainda hoje ouve-se a ingênua pergunta: você acredita em Astrologia? A resposta certa é não. A Astrologia não é uma crença nem uma religião, muito menos um dogma, por isso não cabe o verbo "acreditar", e sim o verbo "conhecer". Aqueles que tiveram acesso a ela e puderam verificar a eficácia de seus recursos são unânimes em afirmar: a Astrologia funciona.


UMA RESPOSTA A UMA ETERNA PERGUNTA


Toda vez que um astrólogo encontra um leigo, ouve a solene pergunta: "A Astrologia é uma ciência?"

A resposta conveniente é sim. A Astrologia está alinhada entre as ciências humanas porque é um saber que se encaixa em todos os requisitos do que se considera ciência. Vejamos a definição do Dicionário Aurélio:


"Ciência [Do lat. scientia.] Saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria. Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade, que permitem sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e possam orientar a natureza e as atividades humanas."


A Astrologia não pretende ser uma ciência exata, nem se fundamenta em um processo puramente matemático. É um conhecimento acumulado no decorrer dos séculos. Dotada de universalidade e objetividade, é estruturada em métodos, teorias e linguagem própria, e seu objetivo é melhor compreender e, possivelmente, orientar a natureza e as atividades humanas.

A Astrologia é, sobretudo, a arte de "cienciar", ou seja, dar ciência ao homem sobre o seu processo evolutivo durante sua passagem na Terra.

Complementando essa ideia, o astrólogo Antônio Carlos Harres acrescenta:


"As mais modernas concepções da ciência afirmaram que, nos domínios do microuniverso, não há como separar observador e observado, sujeito e objeto. Muito antes dessa descoberta da física quântica, mas de forma análoga, os 'scientes' da antiguidade (os praticantes da ciência, os que conheciam, os que estavam a par, modernamente, os que estão 'por dentro') criaram sistemas simbólicos que expressam sua constatação da indissolúvel união do Homem com a Natureza, do ser com a totalidade, do indivíduo com a sociedade e da humanidade com a Astrologia.

Astrologia é ciência porque analisa, estuda e constrói uma corpo de conhecimento que se revela sempre o mesmo em sua essência e é regido por constantes e leis próprias.

E é 'com-ciência' porque, embora separando, não deixa de incluir; dividindo, não perde de vista o conjunto; analisando, não abandona a síntese, evitando que o estudante atento seja lançado ao ceticismo e à esterilidade psicológica e espiritual a que se condena todo adepto do cientificismo, que se crê capaz de existir ou perceber à revelia do Cosmos."


CONCLUSÃO


Evoluir é o destino do homem, mesmo que ele tenha consciência disso. Nascemos "programados" para uma gradual evolução, não importa quais sejam nossos objetivos pessoais. Mas, se utilizarmos o conhecimento de nossos recursos mentais, já teremos meio caminho andado. E, mais uma vez, a Astrologia participa com outra importante função - fornecer aos homens "ferramentas" que propiciem sua escalada nesse rumo vertical.

A vida não teria nenhum sentido, nenhuma razão lógica para acontecer, se não fosse por esse propósito evolutivo. 

Por último, lembramos que, embora a Astrologia esteja disponível para todos, nem todos têm afinidade com esse tipo de saber. Para o grupo de simpatizantes, fizemos uma transposição e uma adaptação das palavras finais de C. G. Jung, no Prefácio do I Ching - O Livro das Mutações:


"A Astrologia não oferece fatos nem poder, porém, para os amantes do autoconhecimento e da sabedoria - se estes existem -, parece ser o conhecimento indicado. Para alguns, seu espírito parecerá claro como o dia; para outros, sombrio como o crepúsculo; e para outros, ainda obscuro como a noite. Aquele que não o aprecia não precisa usá-la, e aquele que é contra não é obrigado a considerá-la verdadeira. Que a deixem seguir para o mundo em benefício daqueles que sejam capazes de discernir seu significado."


Texto retirado de O Livro dos Signos, de Maria Eugênia de Castro, Luiz Augusto P.A. Figueira e Paula Dornelles Bevilaqua, Saberes Editora, 15ª Edição, São Paulo, 2011.

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