sábado, 18 de novembro de 2023

Carl Rogers

Reconhecido como um dos mais proeminentes psicoterapeutas do século 20, o norte-americano Carl Rogers criou a Terapia Centrada na Pessoa, na qual o paciente é detentor de seu tratamento, portanto não passivo, como passa a ideia do termo paciente. Por isso, ele passou a chamá-los de "clientes". Seus métodos foram usados em várias áreas, inclusive na Educação.


Carl Rogers é a figura central na orientação humanista. Para ele, o conceito de "autorrealização" é o mais importante.

Em entrevista à Revista Veja (número 441, 1977), Rogers declarou: "O ser humano, como todos os organismos, tende a crescer e a se atualizar. É claro que todos os fatores sociais, econômicos e familiares podem interromper esse crescimento, mas a tendência fundamental é em direção ao crescimento, ao seu próprio preenchimento ou satisfação. Costumo exemplificar esse processo lembrando batatas que guardávamos no porão da nossa casa, na fazenda. Elas criaram brotos porque havia uma janelinha no quarto. Era uma tentativa inútil, mas parte da tentativa do organismo de se satisfazer. Você consegue um produto muito diferente quanto planta uma batata na terra, e comparo esse processo ao que pode ser encontrado em delinquentes e em pessoas que são tidas como doentes mentais: o modo como as suas vidas se desenvolveram pode ser muito bizarro, anormal; no entanto, tudo o que elas estão fazendo é uma tentativa para crescer, para atualizar os seus potenciais. O fato de essa tentativa causar maus resultados situa-se mais no meio ambiente do que na tendência básica do indivíduo. A pedra fundamental da psicologia humanista pelo menos como eu vejo, é, portanto essa crença de que o ser humano tem um organismo positivo e construtivo".

Ao ser questionado sobre a maneira como a psicologia humanista poderia ajudar a sociedade a resolver os seus problemas, Rogers, destacou que ela não é uma solução para todos os problemas do mundo, mas pode ajudar muito na solução dos problemas psicológicos e sociais. Pode auxiliar o indivíduo a crescer em direção a uma personalidade mais normal, mais expansiva. A psicologia humanista tem os instrumentos para reconciliar diferenças, para ajudar as pessoas a observarem os pontos de vista dos outros.


Texto de Denise Berto retirado da Revista/Encarte Grande Ícones do Conhecimento, número 07, Mythos Editora, São Paulo.

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