A importância da educação transcende ao que lhe tem sido atribuído, em face do imediatismo dos objetivos que os métodos aplicados perseguem.
A falta de estrutura moral do educador - isto é, do equilíbrio psicológico e afetivo, das noções de responsabilidade e dever, da abnegação em favor do aprendiz, da paciência para repetir a lição até impregnar o ouvinte, sem irritação nem reprimenda, e do amor - constitui fator adverso ao êxito do empreendimento que é base de vida na construção do homem integral.
Quando se educa, são canalizados os valores latentes no indivíduo para o seu progresso, fornecendo os recursos que facultam a germinação dessas potências que dormem no cerne do ser.
Educar é libertar com responsabilidade e consciência de atitudes em relação ao educando, a si mesmo, ao próximo e à Humanidade.
Quando se reprimem e se impõem condicionamentos pela violência, uma reação em cadeia provoca a irrupção da revolta, que explode em atos de agressividade que asselvaja.
A tarefa da educação é, sobretudo, de iluminação de consciência, mediante a informação e vivência do conhecimento que se transmitem.
Quem educa evita a manifestação da delinquência e do desequilíbrio social, estabelecendo metas de promoção da vida.
A punição significa falência na área educativa.
A repressão representa insegurança educacional.
A reprovação demonstra fracasso metodológico.
O educando é material maleável, que aguarda modelagem própria para fixar os caracteres que conduzem à perfeição.
O educador cria hábitos, estimula atitudes, desenvolve aptidões, conduz. É o guia, hábil e gentil, ensinando sempre pela palavra e pelo exemplo, não se cansando nunca do ministério que abraça.
A escola é o prosseguimento do lar, e este é a escola abençoada na qual se fixam os valores condizentes com a dignidade e o engrandecimento ético-moral do ser.
A educação é fenômeno presente em todas as épocas. O pajé que ensina, o guru que orienta, o mestre que transmite lições são educadores diversos através dos tempos.
A verdadeira educação ocorre no íntimo do indivíduo, sendo um processo verdadeiramente transformador.
Qual semente que sai do fruto e, semelhante à vida que esplende saindo da semente, quando os fatores são-lhe propícios, a educação é mecanismo semelhante da vida a serviço da Vida.
É certo que o homem se apresenta imperfeito, por enquanto, todavia é, potencialmente, perfeito; e, à educação compete o papel de desenvolvê-lo.
A divina semente que nele jaz, a educação põe-se a germinar.
Sempre se educa e se sai educado, quando se está atento e predisposto ao ensino e à aprendizagem.
Todos somos educadores e educandos, conscientemente ou não.
A educação, porém, há que ser integral, do homem total.
Jesus, o Educador por Excelência, prossegue, paciente, amando-nos e educando-nos, havendo aceitado apenas o título de Mestre, porque, em verdade, O é.
Texto de Divaldo Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis. Do livro Momentos de Meditação. Livraria Espírita Alvorada Editora, 3ª Edição, 2014.
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